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sábado, 6 de novembro de 2010

Comércio na porta de lojas está causando transtornos

A maioria dos churrasquinhos e sorveterias instalados nas portas das lojas chega a pagar até R$ 1,5 mil mensais por um aluguel. A PMC investigará a razão social das empresas

Além da grande quantidade de vendedores ambulantes espalhados pelo meio-fio e pelas calçadas, que vem crescendo nos dois últimos meses com o aumento das vendas de final de ano, uma nova modalidade de comércio informal surge em Caruaru: pequenas lanchonetes e sorveterias, entre outros segmentos, que, sem licença ou alvará da PMC, funcionam como ambulantes, instalados na entrada de estabelecimentos comerciais. Alguns negócios até parecem pequenos, mas muitos chegam a faturar mais de R$ 10 mil/mês, geram empregos e conseguem pagar aluguel de até R$ 1,5 mil pelo ponto na porta de uma loja.

Um integrante da CDL, que pediu para não ter seu nome revelado, disse que a maioria dos comerciantes estabelecidos cobra aluguel que varia de R$ 800 a R$ 1,5 mil. "O preço depende do ponto e da atividade de quem vai colocar o negócio. O problema é que causa uma série de transtornos, principalmente para quem vai às compras, que perde espaço para circular com tranquilidade", disse.

Na Câmara dos Dirigentes Lojistas, o presidente em exercício, Cláudio Mendonça, afirma que a CDL não tem como interferir, pois os lojistas justificam que estão alugando o próprio ponto. "Reconhecemos que a estética fica prejudicada, mas isso parece não incomodar quem aluga. Agora temos de reconhecer: a maioria dos negócios em porta de lojas ocupa a calçada. Nesse caso, quem pode interferir é a prefeitura", finalizou Cláudio.

O secretário da Fazenda e dos Negócios Municipais, André Alexei Lyra, disse que a PMC tem uma equipe de fiscais atuando de forma direta para desocupar as calçadas, mas ele reconhece o aumento dos vendedores ambulantes, justificando o período de final de ano. "Vamos intensificar a fiscalização em relação à ocupação das calçadas. Já sobre os pontos que estão sendo alugados nas portas das lojas, vamos orientar os comerciantes que eles não podem fugir da finalidade que estão registrados", disse Alexei. Ele informou ainda que vai solicitar à Vigilância Sanitária uma fiscalização em todos os pontos que vendem alimentos nas ruas 15 de Novembro e Duque de Caxias, já que a maioria desses negócios utiliza botijões de gás de cozinha.

por Wagner Gil - Jornal Vanguarda

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