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segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Familiares de carroceiro pedem para o crime não ficar impune

Um protesto silencioso. Com faixas pedindo justiça, amigos e familiares de Elinaldo Pereira da Silva acompanharam o cortejo com o caixão do jovem da casa de uma tia dele, onde foi realizado o velório, até o Cemitério Santo Estevão, em Ponte dos Carvalhos, no Cabo de Santo Agostinho. Revoltados com a morte do carroceiro, ironizaram o Pacto pela Vida, programa de segurança pública do governo do Estado.

“Antes Pacto pela Vida, agora Pacto pela Morte”, dizia uma das faixas. Também denunciavam o que havia ocorrido. “Espancado até a morte pela polícia”, dizia outra faixa.

Inconsolável, a avó de Elinaldo, a aposentada Rosa Maria da Silva, 70 anos, garantiu que o neto era inocente. “Os que são matadores, marginais, a polícia leva para o presídio. Já o meu neto, que não era matador nem bandido, eles mataram. Quero justiça”, lamentou a aposentada.

Com medo, familiares do carroceiro estão estudando a possibilidade de se mudar do local onde residem atualmente, em Jaboatão dos Guararapes, município vizinho ao Cabo, onde aconteceu o crime. Sem quererem se identificar, dizem que o comportamento dos policiais militares já é conhecido na região.

“Todo mundo sabe que eles já chegam batendo em quem aparece. Como alguém vai viver tranquilo assim? A mãe dele (Elinaldo) já disse que quer se mudar daqui, ir para outro lugar. Ela tem medo que esses policiais possam fazer alguma coisa com ela ou com outra pessoa da família”, disse uma parente, que preferiu não ter o nome divulgado.

Do Jornal do Commercio

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