Um dos problemas que os professores da rede municipal de Caruaru, no Agreste pernambucano reclamam, é sobre a falta de estrutura das escolas municipais.
A Associação dos Trabalhadores em Educação de Caruaru – ATEC, reuniu fotos, tiradas por pais, alunos e também professores, mostrando a situação de funcionamento precária em mai de 50 escolas municipais da Capital do Agreste.
Algumas
escolas foram se destacaram nesse
ranking negativo e foram selecionadas: Escola Presidente Kennedy, localizada no
Posto Agamenon – zona rural do município tem paredes com cerâmicas arrancadas e
o mato já tomou conta do pátio do prédio, que parece abandonado, mas no local,
as aulas ocorrem normalmente.
Na Escola
Nossa Senhora de Fátima – na zona leste da cidade, crianças são flagradas
tomando água num bebedouro enferrujado.
Já nas
escolas Laura Florêncio e Josélia Florêncio, os problemas são semelhantes:
galpões e garagens servem de anexo a essas escolas.
Em outro
estabelecimento de ensino no bairro do Salgado os alunos fazem suas refeições
em pé. E lá a merenda, além de não corresponder ao cardápio, segundo a ATEC, os
alimentos, também são mal armazenados.
O Ministério
Público de Pernambuco, após receber diversas denúncias, resolveu instaurar
inquéritos civis para investigar a fundo as condições de funcionamento das
escolas de Caruaru.
A Promotora da
Infância e da Juventude Sílvia Amélia revelou que “em relação as escolas que o
Sindicato apresentou como as que são os casos mais graves, o Ministério Público
remeteu à Secretaria de Educação do município, solicitando que na maior
urgência possível, aquelas irregularidades sejam corrigidas. E a Secretaria de Educação,
já começou a corrigir”.
Os problemas
que serão investigados pelo Ministério Público de Pernambuco envolvendo as escolas
da rede municipal de ensino de Caruaru, já haviam sido amplamente divulgados
pelos professores grevistas. Inclusive, uma das bandeiras do movimento, é
justamente, a falta de estrutura para se trabalhar, na maioria dessas escolas.
Eduardo
Mendonça – Presidente do SISMUC, afirmou que “as denúncias foram enviadas ao
Ministério Público, a Vara da Infância, a Imprensa de Caruaru, aos órgãos responsáveis
e felizmente, algo está sendo feito em favor das crianças e jovens que estudam
nessas escolas da Capital do Agreste”.
O Secretário
de Educação Municipal Antônio Fernando informou as medidas que serão tomadas
para que esses problemas registrados nas escolas do município, fiquem apenas no
passado.
Antônio Fernando
salientou que “com relação a parte física dos prédios, nós estamos iniciando um
trabalho para recuperação das escolas. É claro e evidente que não será um trabalho
a curto prazo, será mesmo a longo prazo, mas aí, nós vamos trabalhar com a
prioridade das prioridades”, revelou.
O Secretário
de Educação do Município, ponderou “já com relação a não ter espaço no
refeitório, isso é normal, porque as escolas, não foram construídas com a
estrutura favorável a essa necessidade. E isso, não é uma exclusividade hoje das
escolas municipais, mas, as escolas em si, não foram construídas com essa
estrutura adequada. Entretanto, diante do fato dos estudantes estarem comendo
em pé, a escola deve desenvolver uma maneira deles comerem sentados, ou seja,
tem as salas de aulas que poderão ser utilizadas como refeitório no momento da
merenda. Com o tempo, isso será adequado também”, acentuou.
E finalizou
o Secretário Antônio Fernando, “a questão dos bebedouros, nós estamos aí com
uma licitação encaminhada, no sentido de que a gente possa, sanar o problema,
colocando bebedouros nas escolas”.
Do NE10 Interior Núcleo SJCC/Caruaru.
Do NE10 Interior Núcleo SJCC/Caruaru.
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