Foto: Clemilsom Campos/JC Imagem
Projeto que reajuste em 50% os salários do Executivo e Legislativo de Caruaru entra na pauta de votação nesta terça-feira. Entidades protestam.
O salário do prefeito
reeleito José Queiroz (PDT) poderá passar de R$ 16 mil para R$ 24 mil,
um aumento de 50%. O projeto que prevê reajuste salarial para o
Executivo e o Legislativo de Caruaru tem provocado polêmica e deverá
entrar, nesta terça-feira (11), na pauta de votação da Câmara de
Vereadores do município. Se aprovado, os vencimentos do prefeito
caruaruense serão praticamente iguais ao que receberá o prefeito eleito
de São Paulo, (Fernando Haddad, PT), maior cidade do País: R$ 24.117,00.
A proposta da mesa diretora da Câmara
também prevê reajuste para vereadores, cujos salários passariam de R$ 9
mil para R$ 12 mil, mesmo valor previsto para o cargo do vice-prefeito
reeleito Jorge Gomes (PSB), caso a matéria seja aprovada. Já os
secretários municipais terão seus vencimentos reajustados de R$ 9 mil
para R$ 11 mil. Tudo a partir de 2013.
Em caso de aprovação da proposta, o
prefeito José Queiroz vai ganhar mais que os prefeitos de várias
capitais brasileiras, como Recife (R$ 14.635,00), Belo Horizonte (R$
19.080,00) e Rio de Janeiro (R$ 13.229,00).
Segundo o primeiro projeto apresentado na Câmara de Vereadores, o salário do prefeito passaria de R$ 16 mil para R$ 20 mil. A proposta não foi aceita por muitos vereadores, que pretendem um aumento ainda maior para o prefeito. O assunto está sendo analisado pela Comissão de Legislação e Redação de Leis do Legislativo e deve ir a plenário na sessão desta terça, que tem início às 20h.
“A comissão só analisa os aspectos
legais, ou seja, se o projeto é constitucional, por exemplo. Depois da
avaliação, damos o nosso parecer e o projeto pode ser votado em
plenário, provavelmente nesta terça-feira (hoje) mesmo”, disse ontem o
vereador Rogério Meneses (PT), um dos três membros da Comissão de
Legislação e Redação de Leis.
POLÊMICA
O projeto de
reajuste tem causado polêmica em Caruaru, desde que começou a tramitar,
com a mobilização de estudantes e entidades da sociedade civil contra a
iniciativa. “O aumento proposto fere a ética e o bom senso por
ultrapassar salários pagos em capitais e grandes cidades do País,
permitindo que de forma corporativista se aprove um aumento que não
respeita o princípio da proporcionalidade. Nem tudo que é legal é
moral”, reclama a professora Ana Maria Barros, uma das que participam
das mobilizações organizadas de protesto.
Através de nota enviada pela assessoria
de Comunicação, o prefeito José Queiroz disse apenas que o projeto “é
uma iniciativa da mesa diretora da Câmara de Vereadores”. Já o
presidente da Casa, Lícius Cavalcanti (PCdoB), não foi localizado nesta
segunda (10) pelo JC para comentar o assunto.
Pedro Romero - Jornalismo JC
é, meu amigo, Buíque, uma cidade do interior de pernambuco com menos de 5o mil habitantes e com muita dificuldade na saúde e em outros setores da sociedade essa proposta já foi aprovada. e o salário vai ser maior do que muitas prefeitos de capitais brasileiras. acredite se quiser mais é verdade
ResponderExcluir.