Uma assembleia geral foi marcada para esta quinta-feira.
O diretor regional do Sindicato dos Médicos de
Pernambuco (Simepe), Danilo Souza, não descarta uma nova paralisação dos
profissionais em saúde de Caruaru. Dizendo-se desmotivados, eles prometem
endurecer junto à prefeitura na tentativa de ver modificada a atual situação
das unidades de saúde.
Uma assembleia geral extraordinária está marcada
para a noite desta quinta-feira (23), na Sociedade de Medicina, quando novas
ações serão traçadas pelo movimento sindical. O clima entre médicos e
prefeitura – que parecia sem problemas – veio à tona no último fim de semana,
após o Simepe publicar sérias denúncias em nota assinada pela diretoria da
entidade.
De acordo com Danilo Souza, na tentativa de evitar
que os problemas viessem a público, os médicos se reuniram no início de março
com a secretária de Saúde, Aparecida Souza, mas nada mudou. Na semana passada,
outra tentativa foi a entrega à prefeitura de um documento elaborado pelos
médicos, apontando as principais deficiências. Como os prazos expiraram, os
profissionais resolveram tornar pública a preocupante realidade da saúde em
Caruaru.
“Após o mês de outubro, o número de cirurgias na
Casa de Saúde Bom Jesus foi reduzido drasticamente e o hospital ficou alguns
meses sem nenhuma cirurgia. A UTI foi fechada, faltou medicamentos em vários
postos de saúde e policlínicas da cidade, bem como outros materiais. Os
salários dos médicos estão frequentemente atrasados – virou rotina -, décimo
terceiro para ser pago foi necessário chegar até a imprensa, insalubridade e
adicional noturno não se paga, terço de férias boa parte dos médicos não recebe
mais. A situação é complicada”, critica Danilo.
Danilo afirmou que a UTI da Casa de Saúde foi
fechada por tempo indeterminado, sem nenhuma satisfação à sociedade. “Isso é um
absurdo. Número de cirurgias eles reduziram 80% e ficaram três meses sem
nenhuma cirurgia eletiva. Nós procuramos há muito tempo a secretaria de Saúde.
Essa nota que emitimos à grande imprensa não foi uma atitude tomada de repente.
Não há como um profissional trabalhar e atender bem à população dessa forma”,
concluiu.
Da Central de Jornalismo Liberdade.
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