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terça-feira, 21 de maio de 2013

Médicos de Caruaru ameaçam entrar em greve



Uma assembleia geral foi marcada para esta quinta-feira.

O diretor regional do Sindicato dos Médicos de Pernambuco (Simepe), Danilo Souza, não descarta uma nova paralisação dos profissionais em saúde de Caruaru. Dizendo-se desmotivados, eles prometem endurecer junto à prefeitura na tentativa de ver modificada a atual situação das unidades de saúde.

Uma assembleia geral extraordinária está marcada para a noite desta quinta-feira (23), na Sociedade de Medicina, quando novas ações serão traçadas pelo movimento sindical. O clima entre médicos e prefeitura – que parecia sem problemas – veio à tona no último fim de semana, após o Simepe publicar sérias denúncias em nota assinada pela diretoria da entidade.

De acordo com Danilo Souza, na tentativa de evitar que os problemas viessem a público, os médicos se reuniram no início de março com a secretária de Saúde, Aparecida Souza, mas nada mudou. Na semana passada, outra tentativa foi a entrega à prefeitura de um documento elaborado pelos médicos, apontando as principais deficiências. Como os prazos expiraram, os profissionais resolveram tornar pública a preocupante realidade da saúde em Caruaru.

“Após o mês de outubro, o número de cirurgias na Casa de Saúde Bom Jesus foi reduzido drasticamente e o hospital ficou alguns meses sem nenhuma cirurgia. A UTI foi fechada, faltou medicamentos em vários postos de saúde e policlínicas da cidade, bem como outros materiais. Os salários dos médicos estão frequentemente atrasados – virou rotina -, décimo terceiro para ser pago foi necessário chegar até a imprensa, insalubridade e adicional noturno não se paga, terço de férias boa parte dos médicos não recebe mais. A situação é complicada”, critica Danilo.

Danilo afirmou que a UTI da Casa de Saúde foi fechada por tempo indeterminado, sem nenhuma satisfação à sociedade. “Isso é um absurdo. Número de cirurgias eles reduziram 80% e ficaram três meses sem nenhuma cirurgia eletiva. Nós procuramos há muito tempo a secretaria de Saúde. Essa nota que emitimos à grande imprensa não foi uma atitude tomada de repente. Não há como um profissional trabalhar e atender bem à população dessa forma”, concluiu.

Da Central de Jornalismo Liberdade.

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