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quinta-feira, 19 de março de 2015

Alta do dólar traz consequências negativas para setor de confecções.


Manter o padrão de qualidade tem custado alto para setor.
(Foto: Reprodução/ TV Asa Branca).

Com a valorização da moeda americana, preço das negociações sobe.


Comerciantes, em Caruaru, dizem optar por diminuir margem de lucro.


A alta do dólar traz consequências negativas para o setor de confecções, em Caruaru, Agreste de Pernambuco. Com os insumos custando mais caro, comerciantes do setor, que teriam duas opções: repassar os custos para os consumidores ou assumir a diferença, optam por reduzir a margem de lucro. Com isso, manter o olho nas tendências e o mesmo padrão de qualidade tem custado alto. É que a maior parte dos produtos vem de países como Índia, China e Paquistão. Com a constante valorização da moeda americana, o preço das negociações também sobe.

O comerciante Pedro Miranda é um dos que escolheu não repassar a diferença de preços para o cliente. “[Se repassar] não tem venda. A gente faz uma média com o estoque que tem, com preços antigos, e tenta minimizar o lucro. É vender quase sem lucro. Até porque, mesmo vendendo barato, a gente está sentido queda nas vendas”, relata.

Para quem trabalha com artigos de origem nacional, a realidade não é tão diferente. Em um estabelecimento local, que compra mercadoria vinda de São Paulo e Minas Gerais, a alta da moeda também gera reflexos.

Segundo o representante comercial Eduardo Cesse, as negociações de tecidos com as fábricas do Sudeste estão 10% mais caras. Neste caso, o que soma são outros fatores. “Água, energia, a questão de que produtos químicos usados pelas indústrias, que são cotados em dólar, além do custo com o material humano e os próprios impostos", explica.

Do G1 Caruaru.

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