Manter o padrão de qualidade tem custado alto para setor.
(Foto: Reprodução/ TV Asa Branca).
Com a valorização da moeda americana, preço das negociações sobe.
Comerciantes, em Caruaru, dizem optar por diminuir margem de lucro.
A alta do dólar traz consequências negativas para o setor de
confecções, em Caruaru, Agreste de Pernambuco. Com os insumos custando
mais caro, comerciantes do setor, que teriam duas opções: repassar os
custos para os consumidores ou assumir a diferença, optam por reduzir a
margem de lucro. Com isso, manter o olho nas tendências e o mesmo padrão
de qualidade tem custado alto. É que a maior parte dos produtos vem de
países como Índia, China e Paquistão. Com a constante valorização da
moeda americana, o preço das negociações também sobe.
O comerciante Pedro Miranda é um dos que escolheu não repassar a
diferença de preços para o cliente. “[Se repassar] não tem venda. A
gente faz uma média com o estoque que tem, com preços antigos, e tenta
minimizar o lucro. É vender quase sem lucro. Até porque, mesmo vendendo
barato, a gente está sentido queda nas vendas”, relata.
Para quem trabalha com artigos de origem nacional, a realidade não é
tão diferente. Em um estabelecimento local, que compra mercadoria vinda
de São Paulo e Minas Gerais, a alta da moeda também gera reflexos.
Segundo o representante comercial Eduardo Cesse, as negociações de
tecidos com as fábricas do Sudeste estão 10% mais caras. Neste caso, o
que soma são outros fatores. “Água, energia, a questão de que produtos
químicos usados pelas indústrias, que são cotados em dólar, além do
custo com o material humano e os próprios impostos", explica.
Nenhum comentário:
Postar um comentário