A Feira de Caruaru irá ganhar ajuda extra para administrar problemas e planejar o futuro graças à formação de um comitê gestor formado pela sociedade civil - representada por diversas entidades e associações - e pelo poder público. Quem ficará à frente do comitê é a prefeitura municipal, mas os trabalhos serão fiscalizados pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). O colegiado já era previsto desde que a Feira de Caruaru foi instituída como Patrimônio Cultural Imaterial do Brasil, em 6 de dezembro de 2006.
O secretário de Gestão e Serviços Públicos da cidade, Anselmo Pereira, não soube explicar porque cinco anos se passaram para que o colegiado fosse definido. “Desde 2006, a orientação era da formação de um procedimento de salvaguarda da Feira, mas as cinco instituições que precisariam se envolver acabaram não colocando em prática os pontos desse processo”, justificou Pereira.
Segundo ele, tais pontos envolvem condições de sustentabilidade e apoio ao desenvolvimento do complexo de 13 comércios que abrangem a Feira de Caruaru. Ao todo, o complexo engloba a Feira de Gado, Feira dos Importados, Feira da Sulanca, Feira do Artesanato, os Mercados de Farinha e da Carne, Feira das Frutas e Verduras, Feira de Raízes e Ervas medicinais, Feira do Troca-troca, Feira de Flores e Plantas Ornamentais, Feira do Couro, Feira Permanente de Confecções Populares, Feira de Bolos, Goma e Doces, Feira das Ferragens e Feira do Fumo.
Os primeiros passos para a formação do comitê e a apresentação de propostas foram dados na última quinta-feira. Na ocasião foi, apresentado aos diretores do Iphan um retrospecto do comércio de rua, que deu origem a feira, e traçado um diagnóstico sobre os principais problemas. Entre as questões mais debatidas e apontadas como maiores desafios estiveram a descaracterização do comércio ao longo dos anos e o esmagamento provocado pelo crescimento urbano.
Enquanto o comitê prepara uma lista de ações para o melhoramento, a população também indica pontos chaves para que Caruaru mantenha seu Patrimônio Cultural. Os pedidos mais recorrentes são o calçamento do Pátio da Sulanca e mais segurança para os compradores.
Folha de Pernambuco
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