Carros estacionados nas imediações do estádio foram atingidos. Foto: Clemílson Campos/JC Imagem.
Integrantes das torcidas transformaram em armas pedras, paus e outros entulhos de um resto de obra, bem perto de uma das entradas do Lacerdão.
A Rua Campos Sales, nas imediações do estádio Luiz
Lacerda, em Caruaru, virou uma praça de guerra antes do jogo entre
Central e Sport, neste domingo (3). Integrantes das Organizadas dos dois
clubes, Comando Alvinegro (Central) e Jovem (Sport) entraram em
confronto. Os vândalos transformaram em armas pedras, paus e outros
entulhos de um resto de obra, bem perto de uma das entradas do estádio
centralino. Carros foram atingidos, assustando os moradores do local. Há
relatos de pessoas com ferimentos leves.
Impedidos de entrar nos estádios de Pernambuco com qualquer material
que faça alusão à Torcida Jovem – ontem, foram barrados com camisas e
faixas –, os integrantes da principal uniformizada do Sport estavam com
um boné amarelo, com o número 1995, ano de fundação da organizada. De
acordo com relatos de testemunhas, os torcedores rubro-negros que se
envolveram no tumulto estavam com o boné amarelo. Já os do Central
vestiam o uniforme da Comando Alvinegro.
O cozinheiro Cícero Manuel dos Santos, 30 anos, foi um dos que
sofreram danos decorrentes do confronto. Seu automóvel, um Corsa, teve o
vidro traseiro atingido por uma pedra. “É um absurdo. A gente mora em
um lugar e quando tem jogo precisa esconder o carro agora”, esbravejou
ele, que mora duas casas antes de uma das entradas ao estádio Luiz
Lacerda.
Cícero relatou como começou a confusão. “Cerca de 30 torcedores do
Central se encontraram com aproximadamente oito do Sport. Eles se
agrediram e foi uma chuva de pedra. O que chamou a atenção foi a
presença de apenas três policiais no momento do tumulto”, contou o
cozinheiro, que não comparece ao estádio vizinho há dois anos.
“Antigamente não tinha essa violência, mas só foi começar essa
história de torcida organizada que a situação ficou diferente”, lamentou
Cícero, que não prestou queixa. “Ouvi da boca de gente da própria
polícia que não resolveria nada”, reclamou Cícero.
Outra testemunha foi o lateral-direito Romero, do Central. Ele estava
relacionado para o jogo, mas sobrou da relação do banco de reservas e
viu toda a confusão. “Foram muitas pedradas. Meu carro ficou amassado. E
agora, quem paga o prejuízo?”, indagou o jogador indignado.
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