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terça-feira, 18 de junho de 2013

Violência e protestos também marcaram fim de semana em Caruaru


A violência tem assustado os forrozeiros que passam pelo Parque de Eventos Luiz Gonzaga nos fins de semana e a segurança no São João de Caruaru tem sido questionada pela população. Em uma semana, seis pessoas foram esfaqueadas no local e no último sábado (15) polícia e população protagonizaram um verdadeiro espetáculo de agressão, com desmaios, pessoas feridas e muita correria.

A equipe de reportagem da Rádio Liberdade – que faz a transmissão ao vivo do São João – acompanhou de perto os momentos de pavor e insegurança. Na sexta-feira (14), por volta das 22h, um homem portando uma faca invadiu o polo Forró do Candeeiro, próximo à Praça da Criança, deixando quatro pessoas feridas. O repórter Ailton Moreno fazia a transmissão no exato momento do fato e comentou o desespero das pessoas.

“Vamos fazer a transmissão no intuito de levar alegria aos ouvintes, mas, infelizmente, acontecem coisas tristes. E mesmo com medo e vendo as pessoas correndo, você tem que passar a informação. Não é fácil. Não estamos contando historinhas, nós mostramos os fatos como eles acontecem. A polícia conteve o homem com a ajuda de populares. Depois o Corpo de Bombeiros chegou ao local e as pessoas voltaram”, disse Moreno que está há 23 anos no rádio.

No sábado, quando o evento bateu recorde de público, com 100 mil pessoas lotando o Pátio do Forró, de acordo com a assessoria de imprensa da Prefeitura de Caruaru, a violência foi ainda maior. Quando ouviu a notícia de que os acessos ao Pátio seriam bloqueados, o repórter Berg Santos saiu do Polo do Candeeiro e foi até o acesso 8, próximo a Praça da Criança para acompanhar a movimentação. Na ocasião, turistas de vários estados brasileiros reclamavam por ter vindo de longe e não poder entrar para curtir a festa.

De repente, os ânimos ficaram acirrados e um protesto violento foi iniciado no local. “A polícia conteve o povo utilizando spray de pimenta e cassetetes. Eu também fui atingido. Vi pessoas desmaiadas, outras sangrando. Alguns subiam em cima dos carros e lançavam garrafas no ar, outras pulavam o portão. O povo corria, crianças choravam. Foi uma cena como as que estão acontecendo no Rio de Janeiro e em São Paulo em relação aos protestos contra o aumento das passagens”, explicou Berg, que também foi impedido pela polícia de entrar no Parque, mesmo se identificando como profissional de imprensa credenciado.

Da Central de Jornalismo Liberdade.

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