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sábado, 17 de maio de 2014

Aos 157 anos, a Capital do Agreste é analisada pelos ‘novos caruaruenses’.

Monte do Bom Jesus, um dos cartões-postais da 'Capital do Agreste' (Foto: Antônio Valdevino/ TV Asa Branca).

Conheça cinco personagens que têm as histórias ligadas à cidade.

Altinense, italiano, baiano, negrense e vitoriense falam sobre suas vidas.

Conhecida como ‘A Princesa do Agreste’ ou ‘Capital do Agreste de Pernambuco’, Caruaru completa 157 anos neste domingo (18), data da elevação à cidade e à sede de município. O lugar tem aproximadamente 337.416 habitantes, gera R$ 3 bilhões de Produto Interno Bruto (PIB) e abriga empresas de diversos ramos, sobretudo de moda e construção civil. Devido à prosperidade econômica e cultural, o lugar viu e fez nascer filhos ilustres - como o ceramista Vitalino, o crítico literário Álvaro Lins e o historiador Nelson Barbalho - e, com a mesma vocação, acolheu filhos de outras terras. E alimentou o sonhos deles.

Para saber o que pensam sobre o município adotivo, o G1 entrevistou pessoas de fora que se estabeleceram em Caruaru de diferentes formas. E contemplou algumas das facetas do município: na arte, o cantor altinense Almério; para questões culturais diversas, o professor baiano Tenaflae Lordêlo; na religião, o italiano Bernardino Marchió, bispo da Diocese; e, em meio aos que vieram em busca de emprego, conversou com a estudante Élida Roberta. Para representar os que estão por vir, a pré-universitária negrense Mayara Ramos comentou a mudança para a cidade. Confira as histórias e pensamentos desses "novos caruaruenses".

Almério, músico, altinense, 34 anos (Foto: Divulgação/ Almério) 
Cantor trabalhava em uma banca de revistas (Foto: Almério/ Divulgação).
 
Almério, altinense, 34 anos
 
Em 1998, aportou uma das figuras mais pop da cidade: Almério. O nome pode parecer familiar na atualidade, mas demorou a pegar. Vindo de Altinho, onde trabalhava em uma loja de material de construção e cantava em alguns festivais, ele começou a trabalhar em uma banca de revistas de Caruaru. Na frente do estabelecimento, o sonho dele - um estúdio de gravação para onde iam artistas como Herbert Lucena, Thera Blue e Valdir Santos. 

Missa celebrada durante a 19º romaria de frei Damião. (Foto: Divulgação) 
Bispo (c) recebeu o título de cidadão caruaruense(Foto: Divulgação).
 
Bernardino Marchió, italiano, 70 anos
 
Nascido em 1943 em Busca (Itália), o padre missionário Bernardino Marchió chegou ao Brasil em 1975 e se estabeleceu em Palmares. Devido ao trabalho, foi nomeado bispo da Diocese de Pesqueira em 1991. De lá, foi novamente transferido e acometido por uma questão em janeiro de 2003. "Quando fui nomeado para a Diocese de Caruaru, num primeiro momento eu fiquei um pouco preocupado, porque eu tinha vivido em duas cidades menores".

Tenaflae Lordêlo, professor, baiano, 35 anos (Foto: Cecília Morais/ G1) 
Professor universitário diz encontrar em Caruaru algo do que há na Bahia (Foto: Cecília Morais/ G1).
 
Tenaflae Lordêlo, baiano, 35 anos.
 
“Fazer o quê em Caruaru?” - até 2007 esta era a pergunta do professor Tenaflae Lordêlo. Ele conhecia Caruaru unicamente pelo que colhia das grandes mídias. No imaginário, figuravam bonecos de barro, as festas juninas, a famosa feira e até um homem que está entre os virais mais famosos da internet. As visões, porém, mudaram quando conheceu uma caruaruense em Salvador, naquele ano. Com ela, passou a falar via internet. O bate-papo fluiu. 

Universitária mora na cidade desde o ano de 2009 (Foto: Élida Santos/ Arquivo Pessoal) 
Universitária mora na cidade desde o ano de 2009 (Foto: Élida Santos/ Arquivo Pessoal).
 
Élida Santos, vitoriense, 27 anos
 
Ela é de Vitória de Santo Antão e veio para Caruaru em 2009 após passar no vestibular de Administração da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). Ela contou que veio à 'Capital do Agreste' com o sonho de ter um futuro melhor, como tantos outros jovens. Não tendo nenhuma experiência profissional, a estudante teve de se esforçar para conseguir se manter. Porém, a bonança não tardou: a cidade grande que conhece desde 1994 abriu as portas. 

Mayara Ramos, pré-universitária, negrense, 17 anos (Foto: Mayara Ramos/ Arquivo Pessoal) 
Jovem diz que sentirá saudades de cada lugar de Negras (Foto: Mayara Ramos/ Arquivo Pessoal) Mayara Ramos, negrense, 17 anos.
 
Imagine uma jovem saindo de um distrito cuja população é quase 50 vezes menor que o município de Caruaru. Este é o caso de Mayara Ramos. Aos 17 anos, ela é de Negras (município de Itaíba), conheceu a cidade há poucos meses e, em setembro, virá para cursar Design na UFPE. "Estou animada e bastante assustada. Sou muito apegada às pessoas que eu convivo em Negras", falou. Apesar do receio, ela procura não obter muitas informações. "Eu quero ser surpreendida".
 
Jael Soares Do G1 Caruaru.
 

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