Os
bancários que trabalham em instituições privadas e os funcionários do Banco do
Brasil aprovaram em assembleias na noite desta quarta-feira em São Paulo, o fim
da greve da categoria, que teve início no dia 18. Somente os funcionários da
Caixa Econômica Federal decidiram manter a paralisação.
Na
terça-feira, a Federação Nacional de Bancos (Fenaban) propôs ao comando
nacional dos Bancários reajuste salarial de 7,5%, o que representa aumento real
de 2%. A oferta dos banqueiros agradou aos sindicalistas, que sinalizaram o fim
da greve.
Além de
São Paulo, bancários de instituições privadas de Brasília, Belo Horizonte, Rio
de Janeiro, Porto Alegre, Curitiba, Campo Grande e Estados como Pernambuco,
Piauí, Mato Grosso, Alagoas, Roraima e Rondônia confirmaram as perspectivas do
comando nacional e decidiram aprovar a proposta da Fenaban e voltar ao trabalho
hoje.
O
levantamento está sendo feito pela Confederação Nacional dos Trabalhadores do
Ramo Financeiro (Contraf-CUT), que acompanha as assembleias em todo o País
entre ontem e hoje.
As
assembleias de funcionários da Caixa e do Banco do Brasil foram realizadas
separadamente por causa das demandas específicas dos funcionários dos dois
bancos. Em São Paulo, os funcionários da Caixa rejeitaram a proposta da Fenaban.
O mesmo ocorreu em Brasília, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Porto Alegre e nos
Estados do Pará, Ceará, Bahia e Sergipe.
Em São
Paulo, os trabalhadores apenas votaram a oferta da Fenaban, sem especificar as
demandas que ainda não foram atendidas. Hoje fazem nova assembleia para listar
essas reivindicações.
De
acordo com a presidente do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e
Região, Juvandia Moreira, a proposta da Fenaban "foi aprovada por
unanimidade" pelos bancários do setor privado, que representam quase 90%
dos bancários de São Paulo. Ao todo, a categoria tem 500 mil trabalhadores no
País, sendo 138 mil na base do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e
Região.
No
final de agosto, a Fenaban havia apresentado proposta linear de reajuste de 6%
para salários, pisos e benefícios. O pedido dos trabalhadores era de 10,25% de
reajuste salarial, sendo 5% de aumento real.
Em
2011, de acordo com o presidente da Contraf, Carlos Cordeiro, a categoria ficou
parada por 21 dias e recebeu aumento real de 1,5%. Neste ano, com oito dias de
mobilização, os bancários conseguiram aumento real de 2%.
Além do
aumento salarial, a Fenaban propôs, entre oputros itens, 8,5% (2,95% reais)
para piso salarial, vale-alimentação e vale-refeição. O piso do caixa sobe de
R$ 1.900 para R$ 2.056,89. O vale-alimentação, de R$ 339,08 para R$ 367,92, e o
vale-refeição, de R$ 19,78 para R$ 21,46 por dia.
Por
Beatriz Bulla, da Agência Estado, estadao.com.br
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