O
rio Ipojuca que corta a cidade de Caruaru e várias outras do Agreste e também
da Zona da Mata Sul de Pernambuco apresenta um grande aspecto de poluição em
suas águas. O lixo tomou conta do seu
leito, inclusive em sua água é possível encontrar vários objetos reciclados.
A
poluição é tão grande que é difícil imaginar que exista vida no rio. Por isso
foi criado o projeto “Águas do Agreste”,
que tem o objetivo de fornecer dados para estabelecer medidas de proteção
ambiental.
Agenor Jácome - Coordenador do Projeto.
O
Coordenador desse projeto Agenor Jácome, explica “que o mesmo foi criado em
2008 com intuito de avaliar a qualidade da água das escolas municipais e
estaduais que estava sendo oferecida aos estudantes do Agreste do estado. Águas do Agreste – é um projeto acadêmico,
no qual são feitas pesquisas que avaliam a qualidade da água e dos alimentos
que são servidos nessas escolas”.
Agenor
Jácome, esclarece que “a segunda fase do
projeto é exatamente a avaliação da qualidade da água do Rio Ipojuca, que
surgiu da necessidade de se observá-la, em função principalmente da tragédia
que aconteceu em Caruaru, no ano de 1996, que ficou conhecida e teve repercussão
nacional vitimando vários pacientes que faziam tratamento de hemodiálise, na época”.
O
projeto que existe há quatro anos, é desenvolvido em escolas municipais e
estaduais do Agreste com o apoio de 26 alunos de cursos de: Biomedicina, Farmácia,
Engenharia Ambiental e Odontologia. O
projeto é uma parceria entre a Secretaria da Criança, do Adolescente e de
Políticas Sociais e Associação Caruaruense de Ensino Superior (Asces).
Como
parte dos trabalhos do projeto, os alunos coletam amostras de água do rio e
escolas. Esta semana, os alunos coletaram amostras da água do rio Ipojuca, no
trecho que passa nas proximidades do Parque 18 de Maio, área central da cidade,
como explica a jovem Geisiane Mayara – estudante de Biomedicina, “nós coletamos
100 ml., de amostras da água com sulfato de sódio para
detectar se existe a presença de cloro na água captada nas margens do rio
Ipojuca que é considerado um dos mais poluídos do Brasil”.
A
água coletada no rio Ipojuca é levada para o laboratório da Faculdade. Na
oportunidade, Professor, junto com os
alunos analisam o material coletado e verificam a quantidade de bactérias
existentes na água.
A
estudante de Farmácia, Carolina Medeiros esclarece que “quando a água coletada
no rio chega ao Laboratório, imediatamente é observada se existe na sua
identificação, a presença de coliformes totais
e termotolerantes que são indicadores por fezes. Também podem ser
encontradas bactérias heterotrópicas, que é indicação por contaminantes ambientais”.
O
laudo com análise da água coletada no rio Ipojuca deve sair em uma semana. Será
encaminhado aos órgãos responsáveis pela preservação do rio. Já o resultado da água
coletada em Malhada de Pedras, zona rural de Caruaru, realizada na semana
passada, apontou um alto índice de contaminação.
O
Coordenador do projeto Agenor Jácome revelou que foi registrado “um altíssimo índice
de contaminação. Ficou comprovada a existência de coliformes totais e
termotolerantes. Na realidade, só o fato de existir carcaças de animais e de
esgotos sanitários, essa água já seria considerada imprópria pro banho, bem
como para o consumo humano, pela resolução 274, de uma vez, que a presença de
coliformes totais e termotolerantes, reprova essa água, de acordo com a
portaria 29/14”, finalizou.
Com
informações e fotos da TV Jornal Caruaru.
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