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sábado, 29 de setembro de 2012

Projeto analisa a qualidade da água do rio Ipojuca em Caruaru




O rio Ipojuca que corta a cidade de Caruaru e várias outras do Agreste e também da Zona da Mata Sul de Pernambuco apresenta um grande aspecto de poluição em suas águas.  O lixo tomou conta do seu leito, inclusive em sua água é possível encontrar vários objetos reciclados.

A poluição é tão grande que é difícil imaginar que exista vida no rio. Por isso foi criado o projeto “Águas do Agreste”, que tem o objetivo de fornecer dados para estabelecer medidas de proteção ambiental.

 Agenor Jácome - Coordenador do Projeto.

O Coordenador desse projeto Agenor Jácome, explica “que o mesmo foi criado em 2008 com intuito de avaliar a qualidade da água das escolas municipais e estaduais que estava sendo oferecida aos estudantes do Agreste do estado. Águas do Agreste – é um projeto acadêmico, no qual são feitas pesquisas que avaliam a qualidade da água e dos alimentos que são servidos nessas escolas”.

Agenor Jácome,  esclarece que “a segunda fase do projeto é exatamente a avaliação da qualidade da água do Rio Ipojuca, que surgiu da necessidade de se observá-la, em função principalmente da tragédia que aconteceu em Caruaru, no ano de 1996, que ficou conhecida e teve repercussão nacional vitimando vários pacientes que faziam tratamento de hemodiálise, na época”.

O projeto que existe há quatro anos, é desenvolvido em escolas municipais e estaduais do Agreste com o apoio de 26 alunos de cursos de: Biomedicina, Farmácia, Engenharia Ambiental e  Odontologia. O projeto é uma parceria entre a Secretaria da Criança, do Adolescente e de Políticas Sociais e Associação Caruaruense de Ensino Superior (Asces).

Como parte dos trabalhos do projeto, os alunos coletam amostras de água do rio e escolas. Esta semana, os alunos coletaram amostras da água do rio Ipojuca, no trecho que passa nas proximidades do Parque 18 de Maio, área central da cidade, como explica a jovem Geisiane Mayara – estudante de Biomedicina, “nós coletamos 100 ml.,  de  amostras da água com sulfato de sódio para detectar se existe a presença de cloro na água captada nas margens do rio Ipojuca que é considerado um dos mais poluídos do Brasil”.

A água coletada no rio Ipojuca é levada para o laboratório da Faculdade. Na oportunidade, Professor,  junto com os alunos analisam o material coletado e verificam a quantidade de bactérias existentes na água.

A estudante de Farmácia, Carolina Medeiros esclarece que “quando a água coletada no rio chega ao Laboratório, imediatamente é observada se existe na sua identificação, a presença de coliformes totais  e termotolerantes que são indicadores por fezes. Também podem ser encontradas bactérias heterotrópicas, que é indicação por contaminantes ambientais”.

O laudo com análise da água coletada no rio Ipojuca deve sair em uma semana. Será encaminhado aos órgãos responsáveis pela preservação do rio. Já o resultado da água coletada em Malhada de Pedras, zona rural de Caruaru, realizada na semana passada, apontou um alto índice de contaminação.

O Coordenador do projeto Agenor Jácome revelou que foi registrado “um altíssimo índice de contaminação. Ficou comprovada a existência de coliformes totais e termotolerantes. Na realidade, só o fato de existir carcaças de animais e de esgotos sanitários, essa água já seria considerada imprópria pro banho, bem como para o consumo humano, pela resolução 274, de uma vez, que a presença de coliformes totais e termotolerantes, reprova essa água, de acordo com a portaria 29/14”, finalizou.

Com informações e fotos da TV Jornal Caruaru.

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