Os
Correios e os representantes dos funcionários da empresa não chegaram a um
acordo na audiência de conciliação realizada nesta terça-feira pelo Tribunal
Superior do Trabalho (TST). Assim, o dissídio coletivo será julgado pelos
ministros do órgão na próxima quinta-feira (27), às 13h30.
Na
audiência, o TST propôs aos Correios que concedessem um aumento de 5,2% a todos
os trabalhadores, mais um aumento linear de R$ 80. A empresa aceitou o índice
de 5,2%, mas rejeitou o aumento linear sob a justificativa de que resultaria em
um gasto de R$ 323 milhões por ano na folha de pagamento. "As propostas
apresentadas pelo tribunal ultrapassam a capacidade financeira da empresa,
causando impactos sempre superiores ao lucro operacional registrado no primeiro
semestre de 2012", informou a empresa.
Os
Correios informaram que o aumento de 5,2% garantiria a reposição da inflação e
faria o salário-base inicial subir para R$ 991,77. Com o adicional que os
carteiros recebem, o vencimento iria para R$ 1.289,30, mais benefícios.
De
acordo com os Correios, 11.724 mil funcionários aderiram à greve nesta
terça-feira, o que representou 9,7% dos 120 mil funcionários da empresa. Os
Correios entregaram 86,3% de toda carga recebida até segunda-feira, o que
equivale a 122,6 milhões de cartas e encomendas.
A greve
teve início no dia 11 de setembro, em alguns Estados, mas desde o dia 19, um
total de 18 Estados e o Distrito Federal aderiram ao movimento.
Por ANNE WARTH, estadao.com.br
Nenhum comentário:
Postar um comentário