O promotor foi assassinado com quatro tiros de espingarda calibre 12 na região da cabeça.
Foto: Reprodução
O suspeito de ser executor do promotor Thiago Faria Soares, 36 anos,
foi preso no município de Águas Belas, no Agreste pernambucano, nessa
terça-feira (15). Identificado como Edimaci Cruz, ele teria uma ligação
familiar com o fazendeiro que é apontado pelas investigações como mandante do crime,
de acordo com a Secretaria de Defesa Social (SDS). A prisão só foi
divulgada nesta manhã (16). O promotor Thiago Faria foi assassinado com
quatro tiros de espingarda calibre 12 na segunda (13), em Itaíba,
também no Agreste.
"Após exaustivas diligências pelas polícias Civil e Militar, chegamos
ao autor dos disparos", afirmou o secretário de Defesa Social, Wilson
Damázio, à Rádio Jornal, nesta manhã. Segundo Damázio,
ele prestou depoimento na tarde dessa terça e recebeu voz de prisão
durante a noite. "Ele foi reconhecido como um dos participantes pela
testemunha principal, a noiva do promotor", disse Damázio. Contra o
suspeito, já havia um mandado de prisão por roubo. Agora, há também um
de prisão temporária - válido por 30 dias - por causa do assassinato do
promotor. A polícia também procura o suspeito de ter sido o mandante do
crime, o fazendeiro José Maria Pedro. Na tarde dessa terça, o chefe da
Polícia Civil, Oswaldo Moraes, havia divulgado que o nome do suspeito
seria José Maria de Paula.
O secretário de Defesa Social de Pernambuco afirmou ainda que a prisão esteve dentro do que o Governo do Estado previu,
embora não tenha sido realizada no prazo de 24 horas, em que ainda é
considerada como flagrante. As investigações continuam para saber se
havia outras pessoas no carro que interceptou o veículo que o promotor
dirigia no momento em que foi morto e para prender o fazendeiro suspeito
de ser mandante do crime, José Maria de Paula. Já há mandado de prisão
contra ele.
O chefe da Polícia Civil afirmou que a disputa de uma fazenda de 25
hectares, na região de Itaíba, que teria favorecido a família da noiva
do promotor em junho desse ano, foi a motivação da execução de Thiago
Faria. Já teria sido, inclusive, anunciada a transferência de Thiago
Faria para atuar em outra cidade. Thiago já teria sido advertido pela
Corregedoria Geral do MP, que temeria pela segurança do promotor. O
procurador-geral do Estado, Aguinaldo Fenelon, disse, no entanto, que
ele não havia informado sofrer ameaças.
ENTENDA O CASO - O promotor foi assassinado com
quatro tiros de espingarda calibre 12 na cabeça e no pescoço, dentro
do próprio carro, na rodovia PE-300, na cidade de Itaíba. Ele dirigia o
carro e estava acompanhado da noiva, Mysheva Freire Ferrão Martins, e
do tio dela, Adautivo Elias Martins, quando outro automóvel se
aproximou e desferiu os tiros. De acordo com a Polícia, Mysheva teve
ferimentos leves, depois de ter pulado pela janela do veículo para não
ser atingida pelos disparos. Adautivo não foi atingido. O corpo de
Thiago Faria foi sepultado por volta das 18h dessa terça-feira, no
Cemitério Morada da Paz, em Paulista, no Grande Recife.
Do NE10
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