Prefeito de Caruaru contou ainda como foi o processo de aprovação do BRT.
Vereadores presos na última quarta-feira (18) continuam na penitenciária.
Na tarde desta sexta-feira (20) o prefeito de Caruaru,
no Agreste pernambucano, José Queiroz, concedeu entrevista ao ABTV 2ª
Edição e falou sobre as denúncias de corrupção que motivaram a prisão de
dez vereadores na última quarta-feira (18). De acordo com Queiroz, a
prefeitura só irá se pronunciar depois da conclusão do inquérito
policial.
Quanto a suposta tentativa de extorsão por parte dos parlamentares o
prefeito disse que o projeto BRT havia sido reprovado anteriormente.
“Nós tínhamos esse projeto tramitando na Câmara de Vereadores, conforme
palavras ditas e pronunciadas pelo delegado Erick Lessa [gestor
operacional do Interior I e presidente da investigação], os vereadores
que ele aponta como envolvidos, estariam tentando tirar vantagem para
aprovação do BRT. Eu quero lembrar a Caruaru que esse projeto tramitou
inicialmente na Câmara nos meses de junho, julho, agosto e setembro e
nós tivemos que retirá-lo porque ele não foi aprovado. O projeto voltou à
Câmara em dezembro, e coincidentemente, foi aprovado pelos 17
vereadores da base terça-feira”.
Ainda nesta sexta-feira a polícia começou a ouvir outros dez vereadores, na Gerência de Polícia do Agreste I. A
intenção, é aprofundar as investigações sobre o caso. Segundo o
procurador-geral da Câmara de Vereadores, José Américo Monteiro, o
depoimento foi em caráter de testemunha. “Foi uma intimação feita
normalmente. Todos os vereadores estão aqui para prestar os
esclarecimentos necessários”.
Além do procurador-geral, foram ouvidos Demóstenes Veras (PTB), Lula
Torres (PR), Ricardo Liberato (PSC) e o presidente da Câmara, Leonardo
Chaves (PSD). Durante a tarde, outros vereadores prestaram depoimento:
Zé Aílton (PDT), Marcelo Gomes (PSB) e Rozael do Divinópolis (Pros).
Para a próxima segunda-feira (23), estão marcados os depoimentos de
Heleno do Inocoop (PRTB), Romildo Oscar (PTN) e Edmílson do Salgado
(PCdoB).
Segundo Polícia Civil, vereadores estavam exigindo propina. (Foto: Thomás Alves / TV Asa Branca).
Os dez vereadores presos na última quarta-feira (18) durante a operação “Ponto Final” continuam na Penitenciária Juiz Plácido de Souza (PJPS), à disposição da Justiça.
De acordo com a diretoria da unidade, eles ocupam duas celas e estão
recolhidos no pavilhão destinado aos presos concessionados. As celas
contam com cama, banheiro e chuveiro e podem possuir um aparelho de TV
de 14 polegadas e ventilador.
Durante uma coletiva nesta quinta-feira (19) no Recife, o chefe geral da Polícia Civil, Oswaldo Morais, divulgou o balanço da investigação e informou que apenas a meta inicial foi atingida. Segundo ele, outras pessoas ainda podem ser indiciadas.
Morais explicou que foi por meio de escutas telefônicas e vídeos que se registraram as supostas negociações. “O crime é de corrupção ativa, quer dizer que os vereadores estavam exigindo do poder executivo municipal que liberasse propinas para que houvesse a aprovação de projetos. Enquanto isso não acontecesse, nenhum projeto seria aprovado. Ou seja, a Câmara parou de funcionar e os projetos da Prefeitura não seriam aprovados se não houvesse pagamento de propina”, esclarece.
As investigações vêm ocorrendo há seis meses e devem acabar em dez dias. O chefe da polícia, não descarta a possibilidade de outras pessoas serem indiciadas. “As investigações ainda estão sendo feitas, é possível que haja outras pessoas indiciadas. [...] Muitas pessoas estão sendo investigadas”, conta. De acordo com ele, o grupo iria dividir R$ 2 milhões em troca da aprovação do projeto de mobilidade urbana.
Morais explicou que foi por meio de escutas telefônicas e vídeos que se registraram as supostas negociações. “O crime é de corrupção ativa, quer dizer que os vereadores estavam exigindo do poder executivo municipal que liberasse propinas para que houvesse a aprovação de projetos. Enquanto isso não acontecesse, nenhum projeto seria aprovado. Ou seja, a Câmara parou de funcionar e os projetos da Prefeitura não seriam aprovados se não houvesse pagamento de propina”, esclarece.
As investigações vêm ocorrendo há seis meses e devem acabar em dez dias. O chefe da polícia, não descarta a possibilidade de outras pessoas serem indiciadas. “As investigações ainda estão sendo feitas, é possível que haja outras pessoas indiciadas. [...] Muitas pessoas estão sendo investigadas”, conta. De acordo com ele, o grupo iria dividir R$ 2 milhões em troca da aprovação do projeto de mobilidade urbana.
Suplentes assumem
Nesta quinta, os suplentes dos parlamentares presos tomaram posse.
Nove dos dez suplentes assumiram as vagas. O décimo suplente, o
vereador Alecrim (PSD), não compareceu a solenidade por motivos de
saúde. Ele deve assumir o cargo na próxima segunda-feira (23).
A cerimônia de posse foi conduzida pelo presidente da Casa, o vereador Leonardo Chaves (PSD). Os novos parlamentares são: Jaécio Tenório (PRB), Carlos Santos (PRB), Rodrigues da Ceaca (PPS), Joel da Gráfica (DEM), Duda do Vassoural (DEM), Rosemary da Apodec (DEM), Nino do Rap (DEM), Carlinhos da Ceaca (PPS) e Tenente Tiburcio (PMN).
A cerimônia de posse foi conduzida pelo presidente da Casa, o vereador Leonardo Chaves (PSD). Os novos parlamentares são: Jaécio Tenório (PRB), Carlos Santos (PRB), Rodrigues da Ceaca (PPS), Joel da Gráfica (DEM), Duda do Vassoural (DEM), Rosemary da Apodec (DEM), Nino do Rap (DEM), Carlinhos da Ceaca (PPS) e Tenente Tiburcio (PMN).
Entenda o caso
Vereadores ocupam duas celas da penitenciária
(Foto: Renata Torres/TV Asa Branca).
(Foto: Renata Torres/TV Asa Branca).
Os vereadores Jadiel Nascimento (PROS), Sivaldo Oliveira (PP), Val das
Rendeiras (PROS), Cecílio Pedro (PTB), Val (DEM), Louro do Juá (DEM),
Eduardo Cantarelli (PS), Neto (PMN), Evandro Silva (PMDB) e Jajá (PPS) foram presos na última quarta durante uma operação da Polícia Civil.
Segundo o delegado responsável pelas investigações, Salustiano Albuquerque, eles estavam exigindo vantagens indevidas da prefeitura para votar determinados projetos do Executivo.
Foram cumpridos dez mandados de prisão preventiva, quatro mandados de condução coercitiva para ouvir três vereadores e um secretário adjunto do município e ainda 13 mandados de busca e apreensão domiciliar. Os mandados foram expedidos pelo juiz Francisco de Assis Júnior, da 4ª Vara Criminal de Caruaru, e todos foram cumpridos.
Participaram da operação 120 policiais civis, entre delegados, agentes e escrivães. A ação foi coordenada pela Chefia da Polícia Civil. As investigações foram efetuadas pela Gerência de Controle Operacional do Interior I.
Segundo o delegado responsável pelas investigações, Salustiano Albuquerque, eles estavam exigindo vantagens indevidas da prefeitura para votar determinados projetos do Executivo.
Foram cumpridos dez mandados de prisão preventiva, quatro mandados de condução coercitiva para ouvir três vereadores e um secretário adjunto do município e ainda 13 mandados de busca e apreensão domiciliar. Os mandados foram expedidos pelo juiz Francisco de Assis Júnior, da 4ª Vara Criminal de Caruaru, e todos foram cumpridos.
Participaram da operação 120 policiais civis, entre delegados, agentes e escrivães. A ação foi coordenada pela Chefia da Polícia Civil. As investigações foram efetuadas pela Gerência de Controle Operacional do Interior I.
Do G1 Caruaru.
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