A morte de
um bebê, na última quinta-feira (11), revelou a falta Unidades de Terapia
Intensiva (UTIs) neonatal especializadas em Caruaru. A mãe da criança, Amanda,
conta que seu filho passou 10 dias internado no Hospital Jesus Nazareno (Fusam)
antes de falecer por conta de complicações no coração.
O bebê
nasceu no dia 31 de janeiro deste ano na Maternidade do Hospital da Fusam, aqui
em Caruaru. A mãe conta que no dia seguinte ele já apresentava complicações. Segundo
Amanda Barbosa, O atestado de óbito comprova que o seu filho teve infecção
hospitalar e taquicardia.
“Ele começou
com um cansaço e desse cansaço, levaram ele pra o berçário. Depois disso
começou a aparecer problemas. Começou com um sopro no coração e desse sopro o
Cardiologista constatou que ele estava com cardiopatia”. Amanda contou à reportagem que os
funcionários da Unidade Hospitalar disseram que o bebê precisava de uma UTI Neonatal.
Como a Rede Pública de Caruaru não tem ainda esse serviço especializado, para
os casos mais graves, seria preciso encaminhá-lo ao Recife. Foi constatado
então que o caso dele era muito grave e o mesmo necessitava de uma cirurgia. E
ela afirma que o bebê não foi transferido, “por falta de vagas”. Ela informou
ainda que “várias pessoas entraram em contato com o IMIP e disseram que lá,
naquele momento, não estava aceitando crianças”.
Amanda e o
bebê esperaram por um leito, durante onze dias. A mãe procurou o Ministério
Público que expediu uma recomendação ao estado, solicitando a imediata transferência
do recém nascido. Mas não deu tempo.
Casos como esse poderiam ter sido resolvidos, se o Hospital da Mulher estivesse pronto. Com um orçamento de quase 47 milhões de reais, a conclusão da obra estava prevista para julho de 2014, como mostra a placa afixada no local. Entre os serviços a Unidade teria a UTI neonatal.
Casos como esse poderiam ter sido resolvidos, se o Hospital da Mulher estivesse pronto. Com um orçamento de quase 47 milhões de reais, a conclusão da obra estava prevista para julho de 2014, como mostra a placa afixada no local. Entre os serviços a Unidade teria a UTI neonatal.
Sobre o
atraso na conclusão das obras, a Secretaria Estadual de Saude em nota, explica
que “as obras estão em estágio avançado, mas devido a grave crise econômica que
o país atravessa, qualquer ação que tenha impacto orçamentário, deve ser
analisada com cautela”. A Secretaria ainda disse “que será preciso uma parceria
com o Ministério da Saude pra custear os novos serviços”. E a nota é concluída, com
um prazo. De acordo com a Secretaria Estadual de Saude, “o Hospital da Mulher
deve ser inaugurado, somente no segundo semestre deste ano”.
O Ministério
Público informou “que já instaurou o Inquérito Civil e tem acompanhado o atraso
das obras do Hospital da Mulher”. Ainda de acordo com o Ministério Público, “o
Governo já sinalizou que conseguiu recursos para o término das obras”.
Do NE10
Interior. (Com adaptações).
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