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sábado, 6 de fevereiro de 2016

Músico toca em 'maratona' de 64 horas durante Carnaval de Bezerros.

Antônio Edivaldo da Silva (primeiro da direita) toca no carnaval de Bezerros há mais de 20 anos (Foto: Antônio Edivaldo da Silva/Arquivo Pessoal).

Antônio Edivaldo da Silva, de 37 anos, toca trompete desde os 12 anos.

Ele comanda 35 instrumentistas na orquestra Cônego Alexandre Cavalcante.

São 64 horas de maratona com um trompete. Aos 37 anos, a trajetória do maestro Antônio Edivaldo da Silva se confunde com a história da orquestra Cônego Alexandre Cavalcante - que completa 98 anos em 2016. Uma das mais antigas orquestras de Bezerros, no Agreste de Pernambuco, é comandada pelo músico, que começou a trilhar este caminho aos 12 anos.

Sobre a escolha do instrumento de sopro, o maestro brinca: "às vezes o instrumento acontece para você". Ao G1, ele contou que aprendeu a tocar com o maestro Guilherme Silva - antigo regente da orquestra - em uma escola de música do município. A história dele com a música teve início nos anos 90 - atualmente são 25 anos de carreira. "Eu vivo da música. Sou um músico eclético. Ensino em escolas e toco em bandas. Sempre aparece um projeto novo", afirmou.

Maestro comanda orquestra Cônego Alexandre Cavalcante em Bezerros (Foto: Antônio Edivaldo da Silva/Arquivo Pessoal) 
Maestro comanda orquestra em Bezerros
(Foto: Antônio Edivaldo da Silva/Arquivo Pessoal).

O gosto pela carreira musical se reflete no carnaval. Ele comanda 35 músicos durante oito dias de carnaval - tocando oito horas por dia - em Bezerros. "A gente já se forma sabendo que vai tocar frevo na rua", explicou. Para ele, o cansaço não é algo que atrapalhe durante as comemorações da festa momesca. Habituado ao desgaste físico durante o Carnaval,  ele conta que repõe as energias dormindo.

Terra dos Papangus
 
Em Bezerros, a tradição na "Terra dos Papangus" conta com desfiles e concursos. A categoria competitiva Adulto - ocorre todos os anos aos domingos na Praça Centenária. Ao final desta etapa, os participantes e a multidão seguem em cortejo no Bloco do Papangu.
Os personagens "Papangus" surgiram no século XIX. Para entrar na Casa Grande e comer dos melhores banquetes, os escravos se vestiam com fantasias que cobriam totalmente o corpo e usavam máscaras, de acordo com a Fundação do Patrimônio Histórico e Artístico de Pernambuco (Fundarpe).

Do G1 Caruaru.

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