Em meio à polêmica do lixo hospitalar despachado pelos Estados Unidos, surge a possibilidade de Pernambuco - mais especificamente os municípios com tradição na indústria têxtil - ter recebido material hospitalar também de países da Europa. Ontem, o pernambucano radicado em São Paulo Fábio José da Silva, 33, enviou uma fotografia de um lençol adquirido há dois anos, na feira livre de Cupira, cidade do Agreste. A peça é feita de retalhos de panos e um deles exibe o nome e o brasão do Hospital Navarra, da Espanha.
Por telefone, Fábio José, que trabalha como estagiário num escritório de advocacia, contou que ganhou a peça de uma tia. "Ela nos deu o lençol comprado na feira livre de Cupira, que funciona sempre às quartas. De início, a gente estranhou o nome do hospital. Mas, como é comum as peças daquela região serem feitas com retalhos, não achamos nada de mais. Mas agora, depois de ver que lixo de hospital é usado nas confecções, decidimos jogá-lo fora", contou ele.
Por telefone, Fábio José, que trabalha como estagiário num escritório de advocacia, contou que ganhou a peça de uma tia. "Ela nos deu o lençol comprado na feira livre de Cupira, que funciona sempre às quartas. De início, a gente estranhou o nome do hospital. Mas, como é comum as peças daquela região serem feitas com retalhos, não achamos nada de mais. Mas agora, depois de ver que lixo de hospital é usado nas confecções, decidimos jogá-lo fora", contou ele.
O JC enviou por e-mail a fotografia do lençol ao gerente da Agência Pernambucana de Vigilância Sanitária (Apevisa), Jaime Brito. Ele não descartou a possibilidade de o tecido ter sido comprado do hospital para ser reaproveitado no comércio local.
"Ninguém tinha conhecimento que este tipo de importação ocorria aqui. Nas peças que recolhemos nos galpões da empresa importadora só foram achados tecidos com inscrições de hospitais norte-americanos. Mas nada impede que tenha vindo tecidos de outras partes", avaliou.
"Ninguém tinha conhecimento que este tipo de importação ocorria aqui. Nas peças que recolhemos nos galpões da empresa importadora só foram achados tecidos com inscrições de hospitais norte-americanos. Mas nada impede que tenha vindo tecidos de outras partes", avaliou.
A informação de que tecidos descartados são reaproveitados na confecção de roupas, o que é proibido, gerou mais repercussão. Num comentário deixado no NE10, portal do Sistema Jornal do Commercio de Comunicação, Sílvio Gomes dos Santos disse que, ao ler a notícia da apreensão em Toritama, foi olhar o guarda-roupa e descobriu que o forro de uma das calças comprada no Centro do Recife tinha imagens dos personagens infantis espanhóis Los Lunnis. E o tecido era compatível com lençol. Ele, inclusive, se colocou à disposição para repassar o material à polícia.
Do Jornal do Commercio
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