A estiagem que assola o Nordeste vem provocando aumento desordenado
nos preços de alguns produtos comercializados nas feiras livres da região.
Produtos agrícolas como a macaxeira e a farinha de mandioca tiveram um aumento
de quase 50% no seu preço final nos últimos quatro meses.
Cento e cinco municípios pernambucanos decretaram situação de
emergência por conta da estiagem prolongada que vem afetando nos últimos tempos
a região nordestina. Em função disso, os preços de feijão de corda, macaxeira,
farinha de mandioca e outros produtos agrícolas dispararam, principalmente, nos
últimos quatro meses.
A macaxeira, por exemplo, há cerca de quatro meses, custava
entre R$ 1,00 e 1,50, agora está custando R$ 4,00 o quilo. O feijão de corda
que se comprava por R$ 2,00/3,00 o quilo, agora está custando simplesmente R$ 8,00,
o quilo nas feiras livres. Já na Ceaca, o feijão de corda custava R$ 45,00 o
saco. Quatro meses depois o mesmo produto está custando R$ 75,00. A macaxeira
custava em junho R$ 38,00 o saco, hoje está custando R$ 60,00. A farinha também
teve esse mesmo aumento.
Feirante José Gomes
E o motivo de tudo isso, não é mais novidade: a estiagem
prolongada que está afetando o Nordeste é que tem provocado todas essas
mudanças de preços no mercado. O Feirante José Gomes confirma que todos os
tipos de feijão comercializados na Central de Abastecimento de Caruaru, subiu e
muito. Ele explica que antes do período agravado pela seca, comprava-se feijão
por R$ 180 a saca e agora passou para R$ 220/230. O feijão de corda atualmente,
seu preço está girando em torno de 90/110 reais o saco. O que também teve um
aumento acentuado foi a Farinha de mandioca, que era comprada a saca por 90
reais, agora está sendo adquirida por R$ 140,00. O quilo que custava R$ 1,70,
agora é vendido até por R$ 3,50. A explicação para tal agravamento da situação,
é que a farinha de mandioca está sendo comprada em Alagoas e isso encarece o
preço final do produto.
Agrônomo do IPA Fábio César
De acordo com o Agrônomo do IPA, Fábio César, a alta dos
preços dos produtos agrícolas deve continuar. E ele explica: “a mandioca tem um
ciclo de 18 meses. Como este ano, ela já teve o seu preço afetado, a tendência no
próximo ano, é que o preço aumente ainda mais, de uma vez que este ano, os
agricultores da região não conseguiram, praticamente, plantar o produto,
ressalvadas, raríssimas exceções. Então, estima-se, que teremos uma diminuição
da produção em 70%, haja vista que a mandioca plantada este ano, só será
colhida no próximo ano. E ainda há de se observar o fator climático na região”,
acentou.
Com informações da TV Asa Branca.
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