A preocupação com a falta de água tem sido muito grande em Caruaru, e no Agreste de Pernambuco. Protestos já foram realizados. A situação está bem difícil. A barragem do Prata está cada mais próxima de um colapso.
A falta
de água vem causando uma grande preocupação das autoridades e também da
população do Agreste Setentrional de
Pernambuco. Prova disso foram os recentes protestos dos moradores do Loteamento
Parque da Cidade aqui em Caruaru, que bloquearam um trecho da BR-104 reivindicando solução
imediata do grave problema na localidade.
Também os moradores da cidade de Panelas,
semana passada, se manifestaram da mesma forma, bloqueando um trecho da mesma
BR. Inclusive, houve confronto com a Polícia na oportunidade.
Devido à
rigorosa estiagem que vem assolando o Nordeste Brasileiro, bem como alguns
trechos da região norte de Minas Gerais que faz parte do semiárido nordestino,
a escassez de água vem se tornando um grande problema para os governantes da região;
os reservatórios estão secando.
A
Barragem do Jucazinho, em Surubim libera água para 17 municípios do Agreste
pernambucano, e tem uma capacidade de 327 milhões de metros cúbicos de água. O
nível de água armazenada nela atualmente é de 53%.
Já a
Barragem do Prata, em Bonito, abastece Caruaru e mais outras quatro cidades:
Agrestina, Altinho, Ibirajuba e Cachoeirinha. Tem uma capacidade de
armazenamento de 42 milhões de metros cúbicos de água. O nível atual de água
retida no reservatório, não chega nem a 35% do suportável. Dona Sebastiana,
conhece bem o reservatório, mora a cem metros do local. Ela nunca viu a
Barragem tão vazia e com muito pouco peixe no seu criatório.
Além de
Caruaru, outros 20 municípios são abastecidos pelas Barragens do Prata e de
Jucazinho – as duas principais do Agreste Setentrional. A maior parte dessas
cidades sofre com a escassez de água desde o ano passado e se as próximas
chuvas não forem suficientes para elevar o nível de água a situação passará a ser
mais preocupante.
O Agrônomo
do IPA Fábio César adverte que “tudo irá depender das chuvas que deverão cair no
mês de abril em diante. E infelizmente, as previsões, não são animadoras. Está
previsto, nos meses de abril, maio e junho, que as chuvas caiam abaixo da média
histórica, em cerca de 40 a 50% a menos, aqui na nossa região”, concluiu.
A Gerente
Regional da Compesa, a Engenheira Niadja Menezes, acredita “que sempre existe a
esperança que haja um cenário de chuvas que mude a previsão dos técnicos do Serviço
de Meteorologia, o que evidentemente causaria uma acumulação maior, nesses dois
mananciais: Prata e Jucazinho. Nós, temos vários outros mananciais que já estão
em colapso total. Tem localidades, que na verdade, já estão numa situação
bastante crítica e por isso a Compesa,
já está com uma programação pronta, caso continue esse cenário, a gente possa
ter intermitência ou seja, interrupção momentânea do fornecimento de água nas principais
cidades, aqui do Agreste Setentrional”, finalizou.
O
Agrônomo Fábio César do IPA e a Gerente Regional da Compesa, Niadja Menezes
explicam a atual perspectiva de chuvas nos próximos dias para a região...
Com informações
da TV Jornal Caruaru.
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