Os moradores de Santa Cruz do Capibaribe, a 183 quilômetros do Recife, vivem uma situação controversa. Ao mesmo tempo que comemoram a classificação do Ypiranga pela 1ª vez às semifinais do Campeonato Pernambucano Coca-Cola, não poderão acompanhar o seu time na fase decisiva do Estadual, já que de acordo com o regulamento apenas estádios com capacidade a partir de 10 mil torcedores podem receber jogos a partir da 2ª fase. O Otávio Limeira Alves comporta apenas cinco mil. Por isso, a Máquina de Costura deve mandar suas partidas no Luiz Lacerda, em Caruaru, ou até mesmo no Recife.
A prioridade é pelo estádio caruaruense. O problema é o gramado, bastante castigado pela seca na região e que de acordo com o presidente da Federação Pernambucana, Evandro Carvalho, não reúne condições de receber um jogo das semifinais.
"Uma equipe técnica irá nesta terça-feira ao estádio para verificar se há condições de recuperar o gramado para as semifinais. Não vamos medir esforços, mas eu particularmente não acredito. Caso não seja possível vamos trazer o jogo para Recife. Não estou preocupado se isso pode se caracterizar inversão de mando. A minha preocupação é que haja a partida. Não posso levar o jogo para outro Estado", analisou Evandro.
Por sua vez, a diretoria do Ypiranga não vê com bons olhos a possibilidade de realizar os dois jogos das semifinais na capital. "A princípio o Lacerdão é a alternativa mais viável, por ser perto de Santa Cruz (cerca de 50 quilômetros). Se o jogo for no Recife, o nosso adversário será favorecido. Além disso, o nosso deslocamento fica mais caro", afirmou o vice-presidente da Máquina, José Nelson Assis.
Vale lembrar que o Ypiranga é o primeiro clube do interior a passar por essa dificuldade já que nos anos anteriores, com o regulamento prevendo semifinais e finais, os classificados foram Central e Porto, que atuaram no Luiz Lacerda, e o Salgueiro, que manda seus jogos no Cornélio de Barros. Ambos podem receber até 10 mil pessoas.
Do Jornal do Commercio.
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