Imagem Jornal Extra.
Ilegalidade da greve pode ser solicitada ao Tribunal de Justiça do estado.
Para resolver impasse, secretário de Administração já contatou o Sismuc.
No Agreste, a Prefeitura de Caruaru
informa que pretende pedir ao Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE) a
ilegalidade da greve dos professores, que começou nesta segunda-feira
(24) e pode durar 30 dias e ser prorrogada por mais 30. O Sindicato dos
Servidores Municipais de Caruaru e Região Agreste Central (Sismuc
Regional) afirma que há profissionais recebendo R$ 1.469 e reivindicam o
pagamento do piso nacional, além das gratificações que estariam somadas
a este valor.
Aquele salário é pago a professores cuja carga horária é menor, segundo
a prefeitura. “O valor estabelecido para o piso nacional do magistério
público refere-se a uma jornada mensal de 200 horas/aulas. Os
professores que trabalham menos que isso, recebem proporcionalmente. No
caso citado pelo Sismuc, o professor possui jornada de 150 horas/aulas. É
o caso específico de um professor do fundamental 1 (professor
multidisciplinar) com uma única turma (jornada parcial de trabalho)”,
diz a assessoria do Poder Executivo. Para resolver o impasse, o
secretário Antônio Ademildo da Silva, da pasta de Administração, já
entrou em contato com o Sismuc.
Para Eduardo Mendonça, presidente do sindicato, o valor é realmente
para professores com 150 horas/aulas, porém, foi somado às gratifições.
Isto, segundo a Lei Federal de número 11.738, não poderia desde 2009.
'Escolas funcionaram precariamente'.
Ainda de acordo com Eduardo Mendonça, presidente do Sismuc Regional,
“hoje, quase 90% das escolas funcionaram precariamente”.
Ele adiantou
que ficaram sem aulas instituições como o Colégio Municipal Professora
Laura Florêncio, Escola Municipal Professora Josélia Florêncio da
Silveira, Escola Municipal Professor Machadinho e Colégio Municipal
Álvaro Lins.
Porém, no início da tarde, a Secretaria Municipal de Educação afirmou
que visitou escolas e que “pouquíssimos professores juntaram-se ao
movimento, mas, no período da manhã, nenhum professor aderiu à greve na
maioria das unidades de ensino, a exemplo das escolas: Casa do
Trabalhador, José Leão, Sinhazinha, Santos Anjos, Cristina Tavares, Dom
Antônio (Monte Bom Jesus), Nossa Senhora de Fátima, Josélia Florêncio,
Joel Pontes, Genésio Campos, entre outras”.
A secretaria orienta que pais e responsáveis levem as crianças às
escolas e Centros Municipais de Educação Infantil, “pois as unidades
educacionais vão funcionar normalmente para que não haja comprometimento
do ano letivo. Ainda, que os mesmos entrem nos prédios e se informem
com colaboradores das escolas, para que não sejam repassadas informações
incorretas”.
Segundo o Sismuc Regional, se ocorrerem aulas, será com
junção de turmas – formando um público de 60 a 80 alunos – e isso pode
prejudicar o aprendizado.
Por fim, a assessoria da prefeitura informou ao G1 que “a secretaria reconhece que o estado de greve é democrático e, por isso, acredita também na possibilidade do diálogo”.
Entenda o caso
Professores municipais efetivos decidiram fazer greve a partir de uma assembleia realizada no dia 18. Reunindo cerca de 200 profissionais, eles optaram pela deflagração nesta segunda-feira (24). A pausa nos trabalhos pode durar 30 dias e ser prorrogada por mais 30. Eles reivindicam o piso salarial já com o ajuste de 8,32% anunciado pelo Ministério da Educação no dia 29 de janeiro, o que faz o valor ficar em R$ 1.697.
Segundo o Sindicato dos Servidores Municipais de Caruaru e Região
Agreste Central de Pernambuco (Sismuc Regional), atualmente há
professores recebendo R$ 1.469 - o valor já estaria com as
gratificações, sendo que estas deveriam ser apenas complementos ao piso.
O presidente do sindicato, Eduardo Mendonça, afirma que, de terça até a
sexta-feira (21), ninguém da prefeitura tinha se disposto a falar,
mesmo tendo sido avisada sobre a parada.
Do G1 Caruaru.
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