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segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014

Prefeitura afirma que piso já é pago em Caruaru e que pode entrar na Justiça

Imagem Jornal Extra.

Ilegalidade da greve pode ser solicitada ao Tribunal de Justiça do estado.

Para resolver impasse, secretário de Administração já contatou o Sismuc.

No Agreste, a Prefeitura de Caruaru informa que pretende pedir ao Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE) a ilegalidade da greve dos professores, que começou nesta segunda-feira (24) e pode durar 30 dias e ser prorrogada por mais 30. O Sindicato dos Servidores Municipais de Caruaru e Região Agreste Central (Sismuc Regional) afirma que há profissionais recebendo R$ 1.469 e reivindicam o pagamento do piso nacional, além das gratificações que estariam somadas a este valor.
Aquele salário é pago a professores cuja carga horária é menor, segundo a prefeitura. “O valor estabelecido para o piso nacional do magistério público refere-se a uma jornada mensal de 200 horas/aulas. Os professores que trabalham menos que isso, recebem proporcionalmente. No caso citado pelo Sismuc, o professor possui jornada de 150 horas/aulas. É o caso específico de um professor do fundamental 1 (professor multidisciplinar) com uma única turma (jornada parcial de trabalho)”, diz a assessoria do Poder Executivo. Para resolver o impasse, o secretário Antônio Ademildo da Silva, da pasta de Administração, já entrou em contato com o Sismuc.

Para Eduardo Mendonça, presidente do sindicato, o valor é realmente para professores com 150 horas/aulas, porém, foi somado às gratifições. Isto, segundo a Lei Federal de número 11.738, não poderia desde 2009.

'Escolas funcionaram precariamente'.
Ainda de acordo com Eduardo Mendonça, presidente do Sismuc Regional, “hoje, quase 90% das escolas funcionaram precariamente”.
 Ele adiantou que ficaram sem aulas instituições como o Colégio Municipal Professora Laura Florêncio, Escola Municipal Professora Josélia Florêncio da Silveira, Escola Municipal Professor Machadinho e Colégio Municipal Álvaro Lins.

Porém, no início da tarde, a Secretaria Municipal de Educação afirmou que visitou escolas e que “pouquíssimos professores juntaram-se ao movimento, mas, no período da manhã, nenhum professor aderiu à greve na maioria das unidades de ensino, a exemplo das escolas: Casa do Trabalhador, José Leão, Sinhazinha, Santos Anjos, Cristina Tavares, Dom Antônio (Monte Bom Jesus), Nossa Senhora de Fátima, Josélia Florêncio, Joel Pontes, Genésio Campos, entre outras”.

A secretaria orienta que pais e responsáveis levem as crianças às escolas e Centros Municipais de Educação Infantil, “pois as unidades educacionais vão funcionar normalmente para que não haja comprometimento do ano letivo. Ainda, que os mesmos entrem nos prédios e se informem com colaboradores das escolas, para que não sejam repassadas informações incorretas”. 

Segundo o Sismuc Regional, se ocorrerem aulas, será com junção de turmas – formando um público de 60 a 80 alunos – e isso pode prejudicar o aprendizado.

Por fim, a assessoria da prefeitura informou ao G1 que “a secretaria reconhece que o estado de greve é democrático e, por isso, acredita também na possibilidade do diálogo”.

Entenda o caso
 
Professores municipais efetivos decidiram fazer greve a partir de uma assembleia realizada no dia 18. Reunindo cerca de 200 profissionais, eles optaram pela deflagração nesta segunda-feira (24). A pausa nos trabalhos pode durar 30 dias e ser prorrogada por mais 30. Eles reivindicam o piso salarial já com o ajuste de 8,32% anunciado pelo Ministério da Educação no dia 29 de janeiro, o que faz o valor ficar em R$ 1.697.

Segundo o Sindicato dos Servidores Municipais de Caruaru e Região Agreste Central de Pernambuco (Sismuc Regional), atualmente há professores recebendo R$ 1.469 - o valor já estaria com as gratificações, sendo que estas deveriam ser apenas complementos ao piso. O presidente do sindicato, Eduardo Mendonça, afirma que, de terça até a sexta-feira (21), ninguém da prefeitura tinha se disposto a falar, mesmo tendo sido avisada sobre a parada.

Do G1 Caruaru.

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