Secretaria de Agricultura do município diz que não chove desde dezembro.
Segundo criador, gasto para alimentar gado chega a R$ 1 mil por dia.
A estiagem em todo o interior pernambucano já vem provocando graves
problemas para criadores e agricultores em vários municípios. Na cidade
de Altinho, no Agreste, por exemplo, não chove desde dezembro, de acordo
com a Secretaria de Agricultura do município. Com isso, grande
quantidade de animais está sendo perdida e, mesmo quem tem recursos
financeiros para buscar alternativas, não vem conseguindo salvar o
rebanho.
Altinho sofre uma das piores secas dos últimos anos, com temperaturas altas e com o verde entrando em extinção. Os açudes estão com nível abaixo do normal, o pasto não cresce e há até cemitérios de animais. Alguns criadores, como Lourival Francisco de Lima, sofrem diretamente as consequências da seca. “A gente chora com pena. Eu estou com olhos que não aguento mais de tanta lágrima”, lamentou.
Altinho sofre uma das piores secas dos últimos anos, com temperaturas altas e com o verde entrando em extinção. Os açudes estão com nível abaixo do normal, o pasto não cresce e há até cemitérios de animais. Alguns criadores, como Lourival Francisco de Lima, sofrem diretamente as consequências da seca. “A gente chora com pena. Eu estou com olhos que não aguento mais de tanta lágrima”, lamentou.
Lourival tinha quase 300 cabeças de gado, mas cerca de 50 animais já
morreram. Apesar dos gastos, o problema só se agrava. “A gente compra
farelo de algodão, trigo, farelo de xerem, palma. Nós gastamos e não
temos retorno”, contou. Segundo o criador, o gasto chega a R$ 1 mil por
dia e a água disponível não deve durar nem mais 15 dias.
De acordo com a Secretaria de Agricultura de Altinho, a chuva é
essencial para se tentar buscar alguma solução. “Vamos tomar
providências para ajudar os pequenos produtores. É uma situação
lamentável que se passa no município. Vamos tentar tomar empréstimos, a
aquisição de ração e alimentos. Estamos preocupados, principalmente com o
pequeno produtor, porque como ele vai manter os animais? Como vai
manter o seu rebanho? Como vai manter sua família? Se não chover, como a
gente vai ficar?”, questionou o secretário Antônio Miguel de Andrade.
De acordo com a Secretaria de Agricultura de Pernambuco, a situação do
estado ainda não é tão dramática como a de estados como a Bahia. Na
última sexta-feira (4), o governador Eduardo Campos decretou estado de
emergência em todos os 56 municípios do Sertão pernambucano. No
Agreste, alguns municípios, como Altinho, solicitaram estado de
emergência, mas o pedido ainda está em análise no governo federal. O
período considerado de chuvas na região vai até o fim de junho.
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