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sexta-feira, 16 de dezembro de 2016

Agências bancárias do interior são alvos de quadrilhas especializadas.

Banco de Poção foi explodido nesta sexta-feira (16) (Foto: Divulgação Polícia Militar).

De janeiro até novembro desse ano, 130 explosões foram realizadas em PE.

Número de ocorrências desse crime é menor em relação a 2015, diz SDS.

Na manhã desta sexta-feira (16) mais uma cidade foi vítima de explosões de caixas eletrônicos. O crime em Poção, no Agreste de Pernambuco, vai somar a uma estatística de aumento no registro desse tipo de crime, principalmente no Agreste e Sertão.

De acordo com dados repassados pela Secretaria de Defesa Social, de janeiro a novembro de 2016, foram registrados 130 crimes dessa modalidade. No entanto, no mês de dezembro, já são contabilizados noves crimes desse tipo.

Doutora em Direitos Humanos, a professora Ana Maria de Barros, chama atenção para o prejuízo para a sociedade com as explosões. "Segurança pública é um direto humano e todos temos esse direito. Essas explosões provocam violência psicológica e medo coletivo e retira do cidadão o direito de ir vir", disse.

Para cientista política, aumento impulsiona o avanço regional.  (Foto: Reprodução/TV Asa Branca) 
Ana Maria Barros chamou atenção para o prejuízo
(Foto: Reprodução/TV Asa Branca)
 
Ela ainda destacou que nas pequenas cidades o cidadão vai ter que se retirar o dinheiro em outras localidades e correndo um novo risco. "Boa parte dessas cidades têm um banco só e essas pessoas vão ser as que sofrem mais com esse tipo de ação. Ela vai ter que viajar para outro local e corre mais um risco, de ser assaltado, já que as quadrilhas estão cada vez mais especializadas", pontua.

Mesmo com as dificuldades apresentadas e a violência usadas nas ações dos bandidos, de acordo com a SDS, os números desse tipo de crime caíram em 2016. "As ocorrências consumadas de roubo a agencias bancárias reduziram 7%, se comparadas com o mesmo período de 2015, sendo 41 em 2016 contra 44 no mesmo período do ano anterior", diz nota enviada pela secretaria.

Outro dado divulgado pela SDS mostra que nas tentativas de roubo/furto a agências bancárias, no mesmo período comparativo, a redução foi de 36%. A SDS diz que a Força-tarefa de Repressão aos Crimes de Roubo e Furto, mostram essa melhora nos números.

"A Policia Civil desarticulou 13 quadrilhas de crimes contra instituições financeiras e prendeu 91 pessoas envolvidas em 3 (três) ações com maçarico, 3 (três) com explosivos, 5 (cinco) por roubo a banco, 1 (um) por assalto a carro forte e 1 (um) por pescaria quando os criminosos avariam a boca do caixa e usam um equipamento tipo anzol para pegar envelopes e dinheiro", diz a nota.

Mesmo com esses números apresentados, a professora diz que é preciso ter atenção especial para a prevenção desse tipo de crime. "Da forma como esses grupos estão organizados, eles provocam um tipo de enfrentamento ao estado, na função de controle social. O cidadão paga imposto e por isso ele precisa ter saúde, educação e segurança pública. Quando o estado perde esse controle sobre esses grupos, perde a credibilidade e nesse sentido, a fragilização do estado e o crime desse tipo vai crescer consideravelmente", garante.

Do G1 Caruaru.

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