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quarta-feira, 7 de dezembro de 2016

PMs adiam greve, dão prazo ao governo e suspendem jornada extra.

Policiais e bombeiros decidiram, nesta terça-feira (6), que o estado tem até sexta (10) para abrir negociação. Eles também farão uma operação-padrão.  

PMs e bombeiros de |Pernambuco realziaram ato na frente do palácio do governo (Foto: Marlon Costa/ Pernambuco Press) 

Os policiais e bombeiros militares de Pernambuco adiaram, nesta terça-feira (6), a decretação de uma greve. Eles, no entanto, anunciaram que vão esperar uma resposta do governo do estado com a abertura de negociação salarial até as 14h de sexta-feira (9). A partir desta noite e até o fim desse prazo, farão operação-padrão e realizarão apenas serviços básicos. Ou seja, só atuarão nas ocorrências mais graves. Também decidiram entregar os cargos de jornada extra, que tem sete mil vagas na PM. 

A decisão foi tomada por volta das 20h15, na frente do Palácio do Campo das Princesas, sede do governo do estado. As categorias realizaram um ato público no local. Uma comissão das associações de classe se reunião com representantes do governo, mas não obteve a garantia de abertura do canal de negociações. 

De acordo com José Roberto Vieira, da Associação de Praças de Pernambuco, durante a operação-padrão, os PMs não serão acionados para qualquer ocorrência. “Só vamos atuar nos casos mais graves. Briga de vizinhos e pequenos furtos não serão atendidos.”, afirmou. Os policiais também não vão permitir que pessoas sem curso de direção assuma as viaturas ou saiam em operações com coletes balísticos vencidos.
Comissão de policiais negociou no palácio (Foto: Marlon Costa/ Pernambuco Press) Comissão de policiais negociou no palácio (Foto: Marlon Costa/ Pernambuco Press)
Comissão de policiais negociou no palácio (Foto: Marlon Costa/ Pernambuco Press) 

Com relação aos cargos de jornada extra, Vieira afirmou que as entidades representativas das categorias decidiram que nenhum policial vai passar do horário normal de trabalho. "O governo terá esse prazo até sexta para negociar. Caso não consigamos abrir esse canal, vamos fazer nova assembleia, nos mesmos moldes do movimento que realizamos hoje", acrescentou. 

O movimento dos PMs começou no início da tarde desta terça. Cerca de mil PMs e bombeiros se reuniram na Praça do Derby, na área central do Recife, segundo estimativa da organização. A Polícia Militar não contabilizou a quantidade de manifestantes. De lá, eles seguiram em passeata pelas ruas da cidade, até a sede do governo. No início da noite, eram pelo menos cinco mil manifestantes reunidos, também de acordo com a organização do ato. 

As categorias exigem reajuste salarial. “Hoje, um policial militar ganha R$ 3.219. Queremos aumentar esse salário para R$ 4.800, em 2017, e para R$ 6.300, em 2018”, afirmou José Roberto Vieira, presidente da Associação de Praça de Pernambuco (Aspra). 

Depois da passeata e enquanto os PMs e bombeiros esperavam na frente do Palácio do Campo das Princesas, o comandante da PM, coronel Carlos D’Albuquerque, afirmou que aguarda um posicionamento do governo do estado para apresentar às categorias. “Vamos avaliar os números e saber o que é possível apresentar para os policiais”, declarou. 

Vídeo
 
Em vídeo publicado nesta terça-feira (6) no canal da PMPE no Youtube, horas antes do ato, o comandante-geral da corporação, coronel Carlos D’Albuquerque, informou que não toleraria mais qualquer atitude por parte que seus comandados que desrespeite a hierarquia. O comandante da PM lembra que a Constituição Federal veda aos militares a sindicalização e a greve. 

“Determinamos aos comandantes, chefes e diretores que seus comandados não compareçam, mesmo de folga, a qualquer reunião ou assembleia em que sejam tratados temas que firam a hierarquia e a disciplina. E que fiquem cientes de que medidas serão adotadas na esfera administrativa ou judicial”, ameaçou o coronel D’Albuquerque. 

No pronunciamento, D’Albuquerque anunciou que, diante da ameaça de paralisação dos policiais e bombeiros militares, as negociações para reajustes salariais e melhorias das condições de trabalho das tropas serão conduzidas pelos comandantes gerais das respectivas corporações. 

Até então, as discussões ocorriam com um grupo de trabalho composto por representantes da Secretaria de Administração (SAD-PE) e oficiais a partir da portaria conjunta SAD/SDS nº 60, de julho de 2015. A revogação dessa portaria foi publicada na edição desta terça do Diário Oficial do Estado.

Por G1 PE.

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