CONVERSANDO COM CARUARU

LEIAM OS NOSSOS BLOGS

sexta-feira, 30 de dezembro de 2016

Operação 'Ponto Final' marca gestão envolvida em polêmicas em Caruaru.

Dez vereadores foram presos acusados de integrarem esquema de propina.

Valor de R$ 2 milhões foi cobrado para que prefeitura aprovasse projeto BRT.

Em janeiro de 2013, prefeito, vereadores  e secretários de Caruaru, no Agreste de Pernambuco tomaram posse. Na época, o então Secretário de Relações Institucionais, Marco Casé enxergava com otimismo a pasta que havia sido criada há dois anos. Esperava-se, no então momento, que as relações entre o poder executivo e legislativo estreitassem positivamente.

 
Ainda em 2013, foi deflagrada a operação "Ponto Final", da Polícia Civil. A operação que contou com a parceria da Secretaria de Relações Institucionais marcou negativamente a gestão da Câmara Municipal.

Dez vereadores foram acusados de integrarem esquema, envolvendo cobrança de propina da prefeitura no valor de R$ 2 milhões, para aprovar o projeto de linha rápida de ônibus, o Bus Rapid Transit (BRT). O projeto foi vetado.

Conversas envolvendo vereadores e representantes da prefeitura somaram mais de 300 horas gravadas, e que foram apresentadas em inquérito. Dez parlamentares foram presos. Advogados de defesa recorreram e os vereadores respondem em liberdade. Por lei, foi permitido que eles ainda continuassem recebendo os salários, mesmo estando afastados do cargo.


Com dez vereadores afastados, outros dez foram empossados. O que gerou uma instabilidade no orçamento municipal, uma vez que foi preciso pagar os salários de 33 parlamentares, dez a mais do que o normal.


De acordo com a Lei de Responsabilidade Fiscal, os valores não poderiam passar dos 54% do orçamento para o pagamento dos salários; com isto, assessores foram dispensados. 


O duodécimo - verba destinada à Câmara municipal - equivale a 5% de tudo que a prefeitura arrecada. Esse recurso é destinado ao pagamento de salários dos vereadores, funcionários efetivos e contratados.

Em primeiro de janeiro de 2017, uma votação irá eleger o novo presidente da casa. A nova gestão terá que pagar maiores salários que a antiga. Os salários de R$ 9 mil, foram aumentados pelos próprios parlamentares para R$ 15 mil. O número de vereadores volta ao normal, 23.

Nove dos dez vereadores envolvidos no escândalo não conseguiram se reeleger, e 13 novos vereadores entraram. Há um desafio a mais para a nova gestão, melhorar a imagem da casa legislativa, devido às polêmicas passadas.

Do G1 Caruaru.

Nenhum comentário:

Postar um comentário