A Comissão de Direitos Humanos da OAB-Caruaru, visitou no dia de ontem a Penitenciária Juiz Plácido de Souza aqui na Capital do Agreste. Entre os principais problemas encontrados na Unidade, está a falta de espaço físico para acomodar os detentos ali alojados.
Inicialmente o grupo se reuniu na sede da OAB-Caruaru, em seguida a comitiva foi até a Penitenciária. Os jornalistas não puderam acompanhar a visita que foi solicitada pela Ouvidoria da Secretaria Nacional de Direitos Humanos, órgão vinculado à Presidência da República.
No final do ano passado, o Ministério Público visitou a Unidade Prisional e constatou uma série de problemas, entre eles: superlotação; falta de estrutura física; quantidade insuficiente de agentes penitenciários, médicos e dentistas; ausência de defensores públicos estaduais; entrada de drogas, armas brancas e celulares na Unidade.
A Comissão de Direitos Humanos constatou que após a visita do Ministério Público houve algum avanço como a oferta de atendimento odontológico, entretanto, a superlotação continua sendo o principal problema encontrado no Presídio de Caruaru.
Maria Helena dos Santos Presidente da Comissão de Direitos Humanos verificou que “são espaços mínimos reservados para um ser humano. São dois homens por cada colchonete, num espaço físico de setenta centímetros de largura, mais ou menos, no qual abriga dois homens. Isso em toda Penitenciária. Não tem diferença, entre presos. Temos uma sala especial – reservada para aqueles que tem curso superior. Foi a única sala que encontramos e que está abrigando atualmente, tres presos”, ressaltou.
O relatório vai ser confeccionado e encaminhado à OAB, à Secretaria Nacional de Direitos Humanos e ao Conselho Nacional de Justiça. Enquanto isso a Chefe da Penitenciária Cirlene Rocha informou que a Secretaria de Ressocialização está providenciando melhorias, como: “a aquisição de equipamentos de raio-x, e ainda outros de monitoramentos, além de capacitação de pessoal na área de inteligência, dentro do próprio Sistema Prisional, que hoje conta com esse serviço”, ressaltou.
Cirlene Rocha evidenciou as melhores notícias, “a questão da superlotação, a gente já fez algumas melhorias internas, pra amenizar os problemas; pequenas modificações no sistema interno da Unidade objetivando diminuir o problema de acomodação dos detentos atualmente abrigados na Unidade. Está prevista também a compra de um imóvel, vizinho à Penitenciária, para ampliar a capacidade física da Unidade Prisional da Capital do Agreste”, ponderou a Chefe do Presídio Dr. Plácido de Souza.
Cirlene Rocha afirmou ainda que “está em andamento a construção da Cadeia Pública da cidade de Santa Cruz do Capibaribe, bem como, já foi aprovada a liberação de recursos para construção de um Presídio na cidade de Tacaimbó, o que deverá desafogar consideravelmente o problema da superlotação da Unidade Prisional de Caruaru”, finalizou a Chefe da Penitenciária desta cidade.
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