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sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Diagnóstico Socioeconômico da Feira da Sulanca aponta defeitos e soluções

 

Foi divulgado na tarde desta quinta-feira (29) o diagnóstico socioeconômico da Feira da Sulanca de Caruaru, Agreste pernambucano, encomendado pela Prefeitura de Caruaru. O estudo foi realizado pela empresa Cunha Lanfermann Engenharia apontando que mais de 76 mil pessoas trabalham ligadas à feira, gerando uma movimentação financeira que ultrapassa R$ 40 milhões/mês.

A pesquisa mostrou que 21% dos produtos comercializados na Sulanca são produzidos em Caruaru, a maioria das peças (43%) vem da cidade de Toritama, no Agreste pernambucano.
Cerca de 34% das mercadorias vendidas na feira é comercializada nos estados do Norte e Nordeste. O destaque fica para o estado da Bahia, consumidora de mais de 19% dos produtos. 26% das peças comercializadas ficam em Pernambuco.

O estudo constatou que mais de 78% dos consumidores varejistas compram à vista, situação diferente das vendas no atacado, quando as vendas em dinheiro não chegam a 45%.

Os relatórios mostraram a necessidade de reestruturação da Feira da Sulanca, que nos últimos sete anos cresceu 40% em suas dimensões. Segundo a análise, a Feira está perdendo espaço para cidades vizinhas, como Toritama e Santa Cruz, onde há centros comerciais mais bem estruturados.

Um dos fatores negativos está relacionado à questão da locomoção. O problema constatado foi a dificuldade existente para o escoamento das mercadorias pelas BR's 232 e 104, além do acesso ao Parque 18 de Maio. Segundo o relatório, estas dificuldades comprometem todo o bairro Petrópolis, que está sendo transformado numa área comercial. As ruas da comunidade servem como estacionamento para os veículos que trazem os clientes e feirantes, gerando grandes problemas no tráfego local.

De acordo com os dados analisados, a alternativa mais viável para o arranjo produtivo que é a feira, seria a relocação dela, pois seriam necessárias muitas intervenções urbanas para dotar o Parque 18 de Maio com toda a estrutura necessária. Esta hipótese, aliás, envolveria um grande número de desapropriações no entorno do parque e ainda assim deixaria o local com pouca margem para expansões futuras.

Segundo a assessoria de comunicação, a Prefeitura de Caruaru está estudando a compra de alguns terrenos. A nota ainda  esclarece que, caso a opção da relocação seja aprovada pelos feirantes, o caminho mais viável será uma parceria público-privada com alguma empresa interessada para a construção de um empreendimento.

Por enquanto não há nenhuma definição sobre a relocação da feira da Sulanca. A intenção é realizar uma eleição com os feirantes até o final do ano, para que eles possam decidir através de consulta popular o futuro da feira. 

Da Central de Jornalismo Liberdade

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