Um dos corpos foi sepultado pela família da outra falecida.
Duas mulheres que eram pacientes do Hospital do Câncer, no bairro do Santo Amaro, área central do Recife, e tinham nomes iguais morreram na última sexta-feira (17). Uma delas foi enterrada em Ribeirão, município da Zona da Mata Sul de Pernambuco, pela família da outra.
Maria José da Silva tinha 61 anos e estava internada na unidade desde o dia 29 de janeiro. A última vez que a filha dela, a esteticista Maria Célia Silva, viu a mãe foi na quinta-feira (16). Por causa do trabalho, não pôde fazer visitas na sexta nem no sábado. Quando chegou para a visita, no domingo (19), Maria Célia recebeu a notícia de que a mãe tinha morrido na sexta-feira (17).
Maria José da Silva tinha 61 anos e estava internada na unidade desde o dia 29 de janeiro. A última vez que a filha dela, a esteticista Maria Célia Silva, viu a mãe foi na quinta-feira (16). Por causa do trabalho, não pôde fazer visitas na sexta nem no sábado. Quando chegou para a visita, no domingo (19), Maria Célia recebeu a notícia de que a mãe tinha morrido na sexta-feira (17).
“Quando a funerária chegou, que trouxeram o corpo, eu percebi que não era a minha mãe. Percebi que não era a minha mãe devido ao cabelo, essa que está aí tem o cabelo grande. A minha mãe tinha o cabelo curto. É uma pessoa magra que esta aí. A minha mãe era forte. Eu subi lá na UTI e avisei que não era a minha mãe que estava no necrotério”, afirmou Maria Célia.
A outra mulher também morreu com câncer de colo de útero no mesmo hospital e tinha 46 anos, era mais magra e tinha cabelos longos. A filha dessa Maria José da Silva também percebeu a troca. “Eu olhei e disse assim: essa não é a minha mãe, mas as pessoas falaram: 'ela está assim porque pode estar deformada, o rosto está inchado, mas é a tua mãe. Olha bem a cor e o rosto parecido, é assim mesmo, quando morre'. E eu disse que não era a minha mãe”, disse a dona de casa Márcia Maria da Silva.
Mesmo assim, o enterro foi feito, no sábado (18), em Ribeirão, na Zona da Mata Norte do estado. No domingo (19), Márcia recebeu um telefonema que confirmou a desconfiança dela. “Ontem à noite o hospital ligou dizendo que a mulher que foi enterrada não era a minha mãe".
As duas famílias não têm dúvida de que houve uma troca dentro do hospital. Maria Célia registrou queixa na polícia e espera providências. “Nós não enterramos a nossa mãe, quem enterrou foi outra família e nós queremos enterrar a nossa mãe decentemente. Era nosso maior tesouro”, disse o encanador Émerson da Silva, irmão de Maria Célia.
A assessoria de imprensa do Hospital do Câncer informou que a primeira família reconheceu o corpo e assinou o documento de reconhecimento e depois disso o corpo foi liberado. De acordo com a assessoria, o segundo corpo será encaminhado ao Instituto de Medicina Legal (IML). Um exame de DNA deverá ser feito nos dois corpos. No caso do corpo de Ribeirão, será necessária uma autorização da Justiça para fazer a exumação. A previsão é de que a decisão judicial saia até a próxima quinta-feira (23).
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