Reclamação relacionada às entregas de correspondências atrasadas é algo rotineiro nas filas dos bancos, lotéricas e nos diálogos entre vizinhos. Poucos sabem que os carteiros que atuam em Caruaru, no Agreste pernambucano, fazem o que pode para manter as entregas em dia.
O problema é que existe apenas um carteiro para atender mais de dez mil habitantes. Ou seja, seriam necessários 45 carteiros para atender a demanda, entretanto este número é abaixo do esperado, sendo que alguns estão com problemas de saúde e em beneficio na Previdência Social.
“A empresa até o momento só contratou somente cinco carteiros. Infelizmente a greve de 29 dias ocorrida em setembro do ano passado parece não ter surtido efeito. No último levantamento realizado, detectamos que existiam 52 bairros que não eram atendidos pelos correios na zona urbana”, informou o diretor regional do Sindicato dos Carteiros, Jim Kelly.
Boa parte das correspondências que não é entregue pelos carteiros é direcionada para a Agência Central onde os interessados podem ir buscar. Em outras situações, os destinatários alteram o endereço para ser entregue na casa de alguém conhecido ou então fazem a aquisição de uma caixa postal.
“Infelizmente o carteiro não percorre sua área por conta do volume de correspondência, temos a falta da mão de obra. São 29 carteiros para atender toda a cidade, um número pequeno, em comparação com a proporcionalidade de se ter um carteiro para 10 mil habitantes”, questionou.
Da Central de Jornalismo Liberdade
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