Uma determinação da direção do Hospital Regional do Agreste, em Caruaru, no Agreste pernambucano, vem deixando indignado os membros do Conselho Gestor de Saúde do HRA. O serviço de evangelização prestado aos domingos pelas igrejas evangélicas e católicas foi suspenso por determinação do diretor da unidade, José Bezerra.
“Há um equívoco por parte do diretor do HRA em proibir de levar uma palavra de conforto espiritual aos pacientes e acompanhantes. Infelizmente, é fato. Ele, o diretor do hospital, foi categórico ao falar que acabou esse serviço dentro do Hospital da Restauração bem como no Hospital Regional do Agreste. A lei garante que as pessoas têm o direito ao conforto espiritual”, ressaltou a presidente do Conselho de saúde, Sílvia Viviane de Andrade.
A alegação para proibir foi o barulho provocado durante o horário das visitas e o tumulto por causado no ambiente. Para o membro da Pastoral da Criança da Diocese de Caruaru, José Jerônimo, não existiu uma conversa com os lideres religiosos para que outras providências pudessem ser tomadas. “O diretor não quis conversar com ninguém, ele foi taxativo e ponto final”, informou.
A alternativa por ele apresentada é que os cultos e orações fossem realizadas em uma capela que fica dentro da unidade. “Como é que os pacientes vão sair do leito para ir à capela? Ele diz que a palavra espiritual não cura ninguém, somente os médicos podem curar”, desabafou Walquíria Florêncio.
“O que provocou essa mudança foi à reclamação de vários acompanhantes dentro das enfermarias devido à insistência dessas pessoas em querer colocar na cabeça das pessoas a necessidade de aderirem a sua religião”, alegou o diretor do HRA, José Bezerra. Em razão dessa situação, a direção resolveu proibir a visita de qualquer religião que tenha esse comportamento dentro do hospital. “Eu inclusive conversei com o promotor do Ministério Público sobre esta atitude. Eu cuido da saúde das pessoas”, finalizou.
Da Central de Jornalismo Liberdade
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