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quarta-feira, 8 de janeiro de 2014

Profissionais da Funase realizam vistoria na unidade de Caruaru

Funase abriu sindicância para apurar o caso
(Foto: Reprodução/TV Asa Branca).

Visita foi feita um dia após o princípio de rebelião que ocorreu no Centro.

Profissionais deram continuidade a levantamento para futuras modificações.

Um engenheiro e uma arquiteta da Fundação de Atendimento Socioeducativo (Funase), realizaram uma vistoria na manhã desta terça-feira (7), no Centro de Atendimento Socioeducativo (Case) de Caruaru, no Agreste de Pernambuco. Os profissionais foram acompanhados por representantes da Secretaria da Criança e da Juventude do Estado.

De acordo com a assessoria da Funase, os profissionais já vinham fazendo um levantamento para modificações na estrutura física da unidade desde dezembro do ano passado e a vistoria desta terça-feira foi realizada para dar continuidade ao projeto de adequações que serão desenvolvidas no Centro. O resultado da vistoria deve ser apresentado em um relatório na próxima semana.

A visita foi feita um dia após o princípio de rebelião que ocorreu na unidade e que deixou um adolescente morto. A delegada Giovana Lellot informou ao G1 que ainda está ouvindo os envolvidos no tumulto e que por enquanto não pode divulgar para onde eles serão levados.

Abertura de sindicância
 
Ainda nesta terça-feira, a Funase informou que abrirá uma sindicância interna pela Corregedoria da unidade para apurar o princípio de rebelião. Durante o tumulto, um jovem de 15 anos de idade, do município de Bezerros, também no Agreste, morreu. Segundo a Fundação, o menor vinha cumprindo medida socioeducativa na unidade desde maio de 2013.

O presidente da Funase, Eutácio Borges, esteve no local nesta segunda-feira e disse que algumas medidas sobre casos como este foram tomadas durante todo o ano passado. “No ato como esse, primeiro temos que buscar conter a unidade. Buscar informações de quem se envolveu e como se envolveu. Para isso estamos usando as imagens de câmeras de segurança que foram instaladas na unidade. Algumas câmeras foram quebradas por eles, mas antes da quebra, nós conseguimos imagens que vão ser levadas ao delegado e também às nossas equipes internas para identificar todo o ocorrido”, afirma.

De acordo com a Polícia Militar, o tumulto teria começado quando adolescentes de uma das alas se rebelaram e foram em direção a um outro setor para agredir um adolescente. Eles atearam fogo a colchões próximo ao portão de entrada da unidade e teriam rendido um agente.

Segundo o Corpo de Bombeiros, uma parte da unidade foi danificada. Nas celas, foram encontrados materiais feitos artesanalmente. Foram identificados cinco internos suspeitos do assassinato. Dois outros jovens também foram encaminhados à delegacia regional por participarem do homicídio. Dos sete suspeitos, cinco são maiores de idade e os outros dois envolvidos são menores.



O capitão Edmilson Silva, da Polícia Militar, explicou como foi a ação da Corporação. “A PM foi solicitada para intervir numa situação de rebelião. Nós deslocamos o efetivo para conter toda a situação e evitar que houvesse alguma fuga, que eventualmente ocorre em tumultos como este. Houve a contenção, mas infelizmente quando nós chegamos ao local o menor já tinha sido morto pelos próprios internos com objetos perfurantes”, explica.

Manifestação em outubro

Incêndio começou no fim da tarde desta sexta (26). (Foto: Reprodução/ TV Asa Branca) 
Um outro princípio de rebelião foi registrado em
outubro de 2013 (Foto: Reprodução/TV Asa Branca).
 
No dia 26 de outubro do ano passado, um príncipio de rebelião ocorreu na mesma unidade e menores atearam fogo e danificaram um pavilhão. À época, o secretário Pedro Eurico, da pasta da Criança e do Adolescente, informou que a manifestação foi motivada pela insatisfação dos reeducandos com a superlotação.

Os menores se queixaram também de que outros reeducandos estavam recebendo regalias dentro da Funase. A polícia realizou uma vistoria na unidade e foram encontradas drogas.

Do G1 Caruaru.

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