O intenso trabalho da Secretaria de Saúde reverteu os índices e afastou o perigo de epidemia
Foram 653.796 visitas prediais, dos 110 agentes, nas zonas urbana e rural. A coleta de pneus chegou a 19.184 unidades. A aplicação de inseticida atingiu 31 toneladas. Mas a luta deu certo. O Departamento de Controle de Vetores comemorou o Natal com alegria redobrada. O relatório final dos trabalhos em 2010 mostrou a redução do índice de infestação predial de 6,6%, do primeiro levantamento, para 2,8% agora em dezembro. Uma queda de 42%.
Caruaru está fora da faixa de risco de surto de dengue, bem distante dos municípios mais ameaçados, como Afogados da Ingazeira, 11,7%, Bezerros, 10,2%, Serra Talhada, 8,2%, Ouricuri, 7,2%, Floresta, 5,7% ou Sta. Cruz do Capibaribe, 5,4% conforme relacionou o Ministério da Saúde em levantamento realizado este mês.
Foram muitas as armas na guerra contra o Aedes Aegypti. Só armadilhas ovitrampas foram 7.801. São depósitos de plástico de 500 ml, com água e uma palheta de eucatex, em que são retidos os ovos do mosquito para exames de laboratório. “A inspeção das ovitrampas é semanal. As palhetas enviadas para análise são imediatamente substituídas por novas. Elas são eficientes na detecção precoce de novas infestações em áreas onde o mosquito foi eliminado. Para isso, devem ser distribuídas na proporção média de uma para cada nove quarteirões, ou uma para cada 255 imóveis”, explic ou Gilberto de Dora, Diretor do Departamento de Controle de Vetores.
O peixe Betta também foi importante para a diminuição dos focos. Mais de 11 mil imóveis receberam os peixinhos, predadores naturais das larvas e pupas do mosquito da dengue. “É um método biológico, bastante eficaz, além de ser ecologicamente correto”,observa Gilberto de Dora.
Como parte da batalha 2010, a população passou por uma forte campanha educativa. O Núcleo de Assistência à Educação em Saúde distribuiu 113.446 panfletos e informativos. Mais de mil palestras foram ministradas em comunidades, escolas públicas e privadas. A estimativa é de mais de 70 mil pessoas atingidas. A meta, agora, é obter o sinal verde em 2011. “Melhor que a faixa de baixo risco é a faixa de segurança quase total”, finaliza Gilberto de Dora.
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