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quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

Falta de emprego está reduzindo habitantes em cidades do interior de PE

 
Em Cumaru e Tacaimbó regressão habitacional causa queda financeira do FPM
Um retrato das consequências dessa diminuição populacional, em dois municípios do Agreste.

Por causa da falta de oportunidades de emprego, é possível observar no interior de Pernambuco o abandono de habitantes que vão tentar a vida em outras cidades. Mas, diferente do que costumava acontecer antigamente, essas pessoas não vão para locais tão distantes, muitos não chegam a sair do próprio Estado. Um retrato das consequências dessa diminuição populacional, em dois municípios do Agreste, é o que você acompanha agora na reportagem de Carlos Plácido, no vídeo acima.

Em dez anos, a população brasileira cresceu mais de 12%. Em Pernambuco, o aumento foi de mais de 11%. Mas, os municípios de Cumaru e Tacaimbó, no Agreste  do Estado, não contribuíram para isso. Nas duas cidades, o IBGE registrou uma queda no número de habitantes. O motivo para essa contradição está na ponta da língua.

De acordo com o IBGE, em 2000, Cumaru tinha 27.489 habitantes. Em 2010, o número caiu assustadoramente. Passou para 17.183. Mais de 10 mil pessoas a menos. Uma diferença de cerca de 37%. Tudo isso reflete na redução do Fundo de Participação dos Municípios (FPM). O motivo da saída, é que as pessoas querem ter uma vida financeira melhor.

Já em Tacaimbó, o motivo da queda populacional é o mesmo. A cidade é conhecida como a “Terra do Maxixe”. Durante muito tempo, as plantações trouxeram lucros, mas ultimamente a agricultura deixou de ser tão rentável quanto antes e, muita gente, troca a enxada pelas agulhas do polo de confecções do Agreste.

Em 2000, Tacaimbó tinha 12.929 habitantes. Dez anos depois, o IBGE registrou 225 pessoas a menos (12.704). A diminuição não foi grande, mas suficiente para reduzir vinte por cento do FPM.

Para a prefeitura, segundo o advogado José Ademir Freitas, “entre uma contagem e outra, a população teria crescido. O Censo é que teria sido feito de forma errada”.

De acordo com a cientista política, Ana Maria Barros, os governos federal, estadual e municipal precisam encarar esse problema com seriedade e buscar soluções rapidamente. Afinal, as consequências da migração desenfreada podem ser muito ruins.

MaisAB

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