População auxilia significativamente trabalho da polícia em Caruaru

Pelo menos 50% das ligações que chegam ao Disque Denúncia Agreste estão relacionadas ao consumo ou ao tráfico de drogas.

Em 2010, foram registradas 712 denúncias ligadas às drogas, principalmente ao crack. Este ano o número já chega a 758, quarenta e seis a mais do que no ano passado. Foram essas ligações que ajudaram a polícia local a prender quadrilhas e em conseqüência acabar com as chamadas “bocas de fumo” em algumas localidades.

O Coordenador do Disque Denúncia Agreste,  Alexandro César, diz que “a população tem esse papel fundamental de trazer, através do Disque Denúncia, a matéria prima da investigação, que é a informação. E essa informação já vindo lapidada para o órgão que vai investigá-la,  com certeza auxilia na demanda maior de resultados, com conseqüente apreensão de pessoas envolvidas com o tráfico de entorpecentes”.

Só na Delegacia Regional de Caruaru foram apreendidos, até outubro, 17 quilos 675 gramas de crack. Um número significativo bem mais superior ao que foi apreendido no ano passado, cerca de 16 quilos 942 gramas da droga. Essas apreensões ajudaram a tirar de circulação um grande número de traficantes. Muitas dessas apreensões aconteceram em virtude das informações prestadas pela população, através do Disque Denúncia Agreste – uma parceria entre a população e a polícia – focada no combate ao crack, o que ficou evidente que também  ela ajudou na redução da ocorrência de outros crimes relacionados ao tráfico de drogas na região.

O Delegado Regional Erick Lessa ressaltou que “essa parceria reduziu consideravelmente a incidência de outros crimes, relacionados com o tráfico de drogas, como por exemplo: homicídios, roubos e furtos, de uma vez que os usuários acabam cometendo outros crimes, pra garantir o seu uso e por sua vez os traficantes querem a todo custo receber o que lhes é devido. Em função disso, chegam até ao extremo de cobrar a dívida assassinando o devedor. Também há casos de brigas de gangs, quando os traficantes se matam entre si, para exercer o comando de determinada área territorial da cidade”.