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quinta-feira, 29 de agosto de 2013

Severino Celestino cuida do Central há 34 anos com amor e dedicação

Pinto lembra que ajudou na construção das arquibancadas do estádio do Central-PE
(Foto: André Vinícius / GE.COM/CARUARU).

Pinto, como é mais conhecido, é presença certa no estádio Lacerdão.

Jogadores, técnico, diretoria, todos eles aparecem frequentemente na mídia. Suas imagens são divulgadas a todo o momento. Afinal, são eles que diretamente conquistam os títulos e fazem a alegria da torcida. Mas um clube de futebol não é feito somente pelo 'escalão da frente'. Muita gente pode até não imaginar, mas os profissionais dos bastidores são tão importantes quanto as estrelas do gramado. Sem eles o campo não seria um tapete, as chuteiras não brilhariam tanto e os uniformes já estariam sujos de lama antes mesmo de a bola rolar. A maioria faz esse serviço no apagar dos holofotes e o melhor disso é que a paixão pelo time é a motivação principal.

Uma dessas figuraças é Severino Celestino dos Santos. Ele seria um Severino qualquer se não tivesse o apelido e as histórias que tem em um time de futebol. Com participação ativa no Central-PE, Pinto, como é carinhosamente conhecido, tem marcas por lá desde a construção das arquibancadas do Lacerdão. A história dele na patativa começou em 1979, justamente quando ajudou a reformar o estádio, que na época se chama Pedro Vitcor de Albuquerque. Porém,  o amor pelo clube veio muito antes disso. Desde criança, assistia aos jogos em Caruaru e até hoje a história se repete. Se quiser encontrar Severino, o lugar certo é o campo centralino.

- Aos 16 anos comecei a frequentar o Lacerdão com meu irmão e faço isso até hoje. Quando não estou trabalhando, estou aqui para torcer. O amor pelo time sempre foi grande demais. Eu não tinha nem condições de comer direito, mas comprava refrigerante só porque vinha nas tampinhas os jogadores do Central.

Ele tem 76 anos de idade, mas a memória não falha. Ainda estão recentes na lembrança os anos de ouro do time caruaruense.

- Em 22 de outubro de 1986 o Central venceu o Flamengo por 2 a 1 pela Copa do Brasil. No mesmo ano tive o prazer de comemorar o título de campeão da Série “B” do Brasileirão, foi muita emoção.

Atualmente ele é um dos mais ilustres funcionários do clube. Qualquer torcedor alvinegro o conhece, afinal, são 34 anos de serviços prestados. Mesmo depois desse tempo todo, continua incansável. Trabalha o dia inteiro na manutenção do gramado, da sede e do que mais precisar. Antes dos treinos ele dá um trato no piso de grama retirando os 'pés de galinha' para que a bola role tranquila.  Assim que os jogadores sobem para o campo, Pinto desce para os vestiários para deixar tudo pronto e arrumado. Será que com esse trabalho todo ele reclama de cansaço?

- De jeito nenhum. Faço porque gosto e a gente só acha ruim o que não gosta. Chego aqui de 8h da manhã e só saio quando escurece, cuidando do clube inteiro com muito prazer.
Pinto tira 'pés de galinha' (Foto: André Vinícius / GE.COM/CARUARU) 
Incansável, Pinto dá um trato no gramado e tira os 'pés de galinha' (Foto: André Vinícius / GE.COM/CARUARU).
 
O reconhecimento,merecido, diga-se de passagem, sempre aparece. Depois do jogo contra o Tiradentes no último domingo (25), que classificou a Patativa para as oitavas de final da Série D do Brasileiro, o técnico Edson Leivinha ressaltou a importância de profissionais como ele no Central.

- Essa vitória a gente dedica também aos funcionários do clube. São pessoas como Pinto, que a gente vê trabalhando o tempo todo, mesmo naquela idade e que tem um carinho muito grande pelo que faz. Essas pessoas precisam ser respeitadas.  Por isso, vitórias como esta temos de dedicar a essas pessoas.

Por Caruaru, PE. 

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