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domingo, 12 de junho de 2011

Guardas são acusados de agressão no Agreste


 
Comando da corporação informou que sindicâncias estão sendo realizadas para investigar possíveis desvios de conduta.

A atuação da Guarda Municipal em Santa Cruz do Capibaribe, está sob investigação nesta cidade do Agreste. Moradores denunciam abuso de autoridade e agressões. Diante disso, o comando da corporação informou que sindicâncias estão sendo realizadas para investigar possíveis desvios de conduta. Por causa do aumento no número de reclamações, o Ministério Público elabora um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) para tentar evitar novos casos.

Na cidade, não são poucos que contam histórias de abusos cometidos pelos guardas. O agricultor Arivonilson Carlos Justino, 38 anos, diz que dia 8 de maio conduzia um animal e ele se deitou em uma avenida. “Estava tentando levantar o bicho, quando de repente veio um guarda que me chutou e me agrediu. Depois, fui algemado e me levaram para a delegacia. Disseram que eu estava maltratando o garrote.”


Segundo ele, um comerciante tirou fotos da ação dos guardas e também foi ameaçado. O agricultor prestou queixa por agressão na delegacia e no Ministério Público. Já o comerciante prestou queixa por ameaça. O radialista Antônio Clemente Correia de Almeida, 34, também afirma que sofreu agressões dos guardas municipais. Segundo ele, o fato aconteceu no dia 12 de maio, quando ele foi parado em uma blitz e estava sem os documentos da moto e sem habilitação.

“Recebi voz de prisão. Me tiraram da moto e jogaram no chão. Me bateram, deram chutes e me algemaram. De acordo com Antônio Clemente, já na delegacia, o irmão dele foi para a cela porque teria chamado um dos integrantes de “guardinha”. A situação só foi contornada com a chegada do pai dele e do advogado. Além de registrar essas denúncias, a reportagem do JC recebeu fotos nas quais alguns dos guardas aparecem em treinamento com armas de fogo. Dois deles também estão posando com o rosto coberto por capuz.

A Guarda Municipal foi criada em 1993. Atualmente, conta com 60 integrantes, que não podem usar armas de fogo. Há, ainda, 23 integrantes que também atuam como agentes de trânsito.

O promotor de Justiça de Santa Cruz do Capibaribe, Iron Miranda dos Anjos, disse que já recebeu denúncias contra guardas, mas na maioria dos casos as pessoas não querem aparecer e a punição de possíveis culpados fica difícil. Mesmo assim, segundo ele, há cerca de dois anos, dois agentes foram processados por ameaças.

RESPOSTA
- O comandante da guarda municipal de Santa Cruz do Capibaribe, Getúlio Pacheco de Lima, afirmou que não há abuso de autoridade. Segundo ele, o radialista Antônio Clemente não quis deixar a moto para pegar os documentos do veículo e teria agredido os guardas. No caso do agricultor, o comandante disse que foi recebida uma queixa de que Arivonilson estaria maltratando o animal. Segundo ele, nos dois evento foram abertas sindicâncias para apurar se houve excessos. Getúlio ainda garantiu que os guardas não usam arma ou capuz.

Pedro Romero de SANTA CRUZ DO CAPIBARIBE 

JC interior

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