NETV 2ª Edição iniciou série de reportagens sobre o tema nesta segunda.
No Recife, número de motocicletas nas ruas cresceu 7,5% em um ano.
Diariamente, nas ruas das cidades pernambucanas, não é raro se deparar
com acidentes envolvendo motociclistas. Seja no Grande Recife ou em
pequenas cidades, a violência no trânsito já é considerada problema de
saúde pública. De acordo com dados divulgados pela Secretaria Estadual
de Saúde, 42% das pessoas mortas no trânsito em Pernambuco
nos primeiros três meses de 2014 estavam envolvidas em acidentes de
motocicleta. Outros 20% das vítimas eram pedestres e 15% estavam em
carros. Nesta segunda-feira (21), o NETV 2ª Edição iniciou uma série de
reportagens [veja quadro abaixo] mostrando a situação preocupante, de desrespeito às leis de trânsito e de violência nas ruas das cidades.
O índice que mede a violência no trânsito aponta que, em 2014, para
cada 100 mil pessoas, acontecem 10,2 mil mortes em acidentes de motos em
Pernambuco. Prático e barato, o veículo sob duas rodas está cada vez
mais presente nas ruas das cidades. Entre 2013 e 2014, enquanto a
quantidade de carros no Recife aumentou 2,3%, o número de motocicletas
cresceu 7,5%. Isso significa 9.254motocicletas a mais no trânsito da
capital pernambucana em um ano. A mais vendida é a de 125 cilindradas. O
preço varia entre R$ 5.800 e R$ 7.500, e o interessado pode financiar a
compra em até 48 vezes. Além de tudo, a moto permite manobras que, de
carro, é impossível fazer.
De acordo com a presidente do Conselho Estadual de Trânsito, Simíramis
Queiroz, o mau comportamento dos motociclistas muitas vezes acaba
culminando em acidentes. “[Eles] se aproveitam por o veículo dar mais
mobilidade e acham que podem cometer infração, até escapando de
engarrafamento por cima da calçada, se colocando em alto risco. E o
retrato dessa falta de conscientização é esse alto índice de
acidentalidade”, disse.
A equipe de reportagem do NETV teve acesso a vídeos que mostram os motociclistas se envolvendo em batidas com carros e entre eles mesmos. Na Avenida Segunda Perimetral, em Olinda, um motoboy sofreu um acidente e foi socorrido pelos Bombeiros. Mesmo antes de socorrer a primeira vítima, os agentes já recebem outro chamado, na Avenida Norte, no Recife, onde mais um motociclista estava ferido. “A maioria dos motoqueiros é imprudente. E eles andam em alta velocidade”, comentou o jardineiro Eudes José dos Santos.
A equipe de reportagem do NETV teve acesso a vídeos que mostram os motociclistas se envolvendo em batidas com carros e entre eles mesmos. Na Avenida Segunda Perimetral, em Olinda, um motoboy sofreu um acidente e foi socorrido pelos Bombeiros. Mesmo antes de socorrer a primeira vítima, os agentes já recebem outro chamado, na Avenida Norte, no Recife, onde mais um motociclista estava ferido. “A maioria dos motoqueiros é imprudente. E eles andam em alta velocidade”, comentou o jardineiro Eudes José dos Santos.
Há três anos, o governo de Pernambuco criou o Comitê Estadual de
Prevenção aos Acidentes de moto. O objetivo era diminuir os acidentes, o
que não aconteceu. “Em 2012, 2013 e 2014, os acidentes e mortes por
acidente de motos vêm aumentando de forma assustadora. Os motociclistas
da Região Metropolitana e do estado de Pernambuco só respeitam duas
coisas: o fluxo e o sinal verde. Ele não respeita sinal vermelho,
contramão. Falta uma fiscalização mais dura, não só mais educativa, mas
de punição e fiscalização. É culpa basicamente nossa do Estado, que
deveria ter fiscalização maior”, assumiu João Veiga, presidente do
comitê.
João Veiga - Presidente do Comitê Estadual de Preveção aos Acidentes de Moto defende uma fiscalização mais rigorosa para combater os abusos cometidos pelos motoqueiros... Detalhes no áudio...
Do G1 PE.
João Veiga - Presidente do Comitê Estadual de Preveção aos Acidentes de Moto defende uma fiscalização mais rigorosa para combater os abusos cometidos pelos motoqueiros... Detalhes no áudio...
Do G1 PE.
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