Goleiro tem contrato com o Toronto até dezembro e está vinculado ao Queens Park Rangers por mais quatro anos - Djalma Vassão /Gazeta Press.
Júlio César anunciou sua aposentadoria da Seleção Brasileira
após a campanha que só rendeu o quarto lugar ao anfitrião desta Copa do
Mundo, sofrendo dez gols nos dois últimos jogos e se tornando o goleiro
do País que mais vezes teve suas redes balançadas na história dos
Mundiais. Diante da marca negativa, já não sabe o que fazer na carreira.
O jogador completará 35 anos em setembro e tem contrato com o Toronto FC, que disputa a liga norte-americana,
até 31 de dezembro. O arqueiro, porém, está vinculado ao Queens Park
Rangers até agosto de 2016. Mas, como raramente conseguiu atuar pelo
clube inglês, é possível que mude seu rumo.
A dificuldade é saber
o que fazer depois da frustração do Mundial em casa. “Muita coisa passa
pela minha cabeça. É complicado tomar qualquer tipo de decisão neste
momento. Vou conversar com a minha família, com as pessoas que me
conhecem muito bem. Vamos ver...”, comentou.
Embora seja experiente, a terceira e última Copa
da carreira de Júlio César ficará marcada negativamente. Mais até do
que a de 2010, quando vivia o auge de sua carreira pela Inter de Milão,
estando entre os melhores do mundo na posição e conquistando a Liga dos
Campeões, o Mundial de Clubes, o Campeonato Italiano e a Copa da Itália
de 2010, mas falhou na eliminação brasileira na Copa na África do Sul.
Em
2014, não ficou tão marcado por ume erro individual e até foi herói na
decisão de pênaltis diante do Chile, nas oitavas de final. Mas chorou
demais e, agora, espera apoio familiar. Inclusive dos filhos – seu
primogênito, Cauet, chegou a subir no palco para erguer o troféu da Copa
das Confederações de 2013 e, agora, deve passar forças ao pai.
“Meu
filho já entende muito bem, vai fazer 12 anos. Não preciso contar nada,
ele viu tudo e, apesar de ser muito jovem, tem condições de tirar as
suas próprias conclusões”, comentou o goleiro, que se sente um campeão,
independentemente de ter participado da maior humilhação em 100 anos de
Seleção Brasileira, perdendo a semifinal da Alemanha por 7 a 1.
“Eu
me preparei bem, mas a situação nem sempre sai como você planeja. O
mais importante nesses momentos é esfriar a cabeça o mais rápido
possível. A tristeza existe por tudo que aconteceu, principalmente, na
semifinal, mas é passado. Os campeões olham para frente”, ensinou, sem
saber para onde virar seus olhos agora.
William Correia, enviado especial Brasília (DF) - GAZETA ESPORTIVA.
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