Luiz Felipe Scolari admitiu que gostaria de trocar alguns jogadores do elenco (Foto:ODD ANDERSEN) - AFP.
Luiz Felipe Scolari já chegou a dizer que a escolha dos 23 convocados para a Copa do Mundo
foi uma das melhores de sua vida, mas, na véspera do jogo das quartas
de final da Copa do Mundo, admitiu publicamente que gostaria de trocar
um dos jogadores.
Mesmo assim, mantém o discurso feito pelo coordenador
técnico Carlos Alberto Parreira antes do Mundial: a Seleção já tem uma
mão no troféu.
“O Brasil
continua com uma mão na taça. Não se esqueçam de que vamos para o
quinto passo, e são sete”, disse o treinador, bufando e avisando que os
seus comandados, apesar de raramente terem apresentado momentos de
futebol convincente no torneio, ainda pensam da mesma forma que o
coordenador.
“As declarações do Parreira foram
espetaculares, não podia ser diferente nem deveria. Nossa população e o
torcedor não esperavam nada diferente, colocamos onde queremos e vamos
atingir. Continuamos com o mesmo discurso. Ainda perguntei hoje ao
Paulinho se estamos nos apressando e ele me disse que não, que está
ótimo, tudo normal para um campeonato no Brasil. É assim que tem que
ser”, definiu.
O elenco, contudo, não é o ideal. Felipão queria
trocar um atleta. Ressaltou, entretanto, que a ideia não era para tirar
alguém do grupo, mas para ter uma qualidade que, na visão do próprio
treinador, falta no elenco que ele mesmo escolheu para representar o
país anfitrião desta Copa do Mundo.
“Neste momento da competição,
eu poderia acrescentar um jogador com certas características para os
jogos diferentes que teremos daqui para frente, escolher uma atitude de
um jogador diferente. Para isso, eu teria que tirar um, o que é normal”,
afirmou, dizendo que todos os outros sete técnicos restantes no Mundial
pensam como ele.
“Se perguntarem a todos os técnicos de todas as
seleções, por uma razão ou outra, eles também gostariam de acrescentar
alguém e tirar outro, por uma razão ou outra. Eu escolheria só para o
quarto ou quinto jogo. Para o primeiro jogo, eu não teria imagem nenhuma
de troca”, afirmou.
De qualquer forma, o técnico é obrigado a
aceitar as escolhas que fez. “Os 23 estão escolhidos há muito tempo e,
quando você faz essa escolha, morre abraçado com os 23, sabendo que vão
nos levar à vitória”, apostou, apoiando-se até no sofrimento alheio para
se apegar na crença no hexacampeonato.
“Todos os adversários do mundo se cruzam e estão iguais. Está tudo igual, não tem mais a história de que um time
vai jogar e passar fácil. Tanto que, nos jogos das oitavas, cinco foram
para a prorrogação. Para citar um exemplo maior, a Argentina, com toda a
sua qualidade, ganhou do Irã por 1 a 0 e com gol lá no final”, indicou,
lembrando jogo na primeira fase do Mundial.
Fortaleza (CE) - GAZETA ESPORTIVA.
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