Após ver a Holanda aplicar 5 a 1 sobre a campeã mundial
Espanha, o Chile entrou em campo na Arena Pantanal sentindo-se em casa
ao ver seus torcedores em grande número e pretendia vencer com largo
saldo de gols. Com gol de Valdivia, balançou as redes duas vezes em 13
minutos, mas sofreu para garantir a vitória por 3 a 1 sobre a Austrália.
Beneficiado pelo apoio
da torcida e pela postura exclusivamente defensiva do rival, os
sul-americanos viram Sánchez se aproveitar do ambiente em Cuiabá,
abrindo o placar aos 11 e, aos 13, rolando para Valdivia marcar um belo
gol. Aos 34 do primeiro tempo, porém, Cahill diminuiu e deu ânimo para a
seleção da Oceania.
O time verde e amarelo, com
torcedores exibindo cangurus nas arquibancadas, pressionou no segundo
tempo, teve um pênalti em Cahill que a arbitragem ignorou e outro gol do
australiano corretamente anulado por impedimento. Tenso, o Chile ainda
celebrou defesas de Bravo. Até que Beausejour, substituto de Valdivia,
deu tranquilidade marcando aos 46 minutos do segundo tempo.
Com
três pontos que já contava como garantidos, o Chile tenta se aproveitar
da baqueada Espanha enfrentando os atuais bicampeões europeus às 16
horas (de Brasília) na quarta-feira, no Maracanã. No mesmo dia, às 13
horas, a Austrália tenta somar algum ponto diante da Holanda, no
Beira-Rio.
O jogo – O hino cantando pelo grande número de
chilenos nas arquibancadas da Arena Pantanal mesmo após o fim de sua
execução no sistema de som mostraram que o país sul-americano se sentia
em casa, e o time cumpriu isso com sua tática de ocupar totalmente o
campo adversário, com três defensores atrás do meio-campo.
Torcida chilena marcou presença na Arena Pantanal, em Cuiabá. Hino Nacional foi cantado à capela.
A
Austrália também entendeu todos os sinais e se portou como um
‘visitante’ educado. A equipe da Oceania adotou postura totalmente
defensiva, sem se intimidar em virar apenas um espectador. Talvez a
estratégia fosse criar impaciência e, assim, forçar os erros dos
chilenos. Na prática, o time verde e amarelo se portou de forma suicida.
Tocando
a bola em busca de espaço, bastou empenho para o Chile abrir o placar.
Ele veio de Aránguiz, meio-campista do Inter que recebeu de Alexis
Sánchez e brigou pela bola na linha de fundo até girar pelo goleiro e
cruzar para Vargas ajeitar e Sánchez estufar as redes aos 11 minutos.
Enquanto
a Austrália tentava entender como reagir ao gol, deu espaços. Ficou
fácil para Sánchez rolar para Valdivia, completamente livre, bater com
qualidade em direção ao ângulo direto do goleiro australiano, que foi
encoberto e viu a bola acertar o travessão antes de entrar na sua meta,
aos 13 minutos.
O Chile, então, se sentiu completamente dono da
partida. A Austrália errava até cobrança de lateral e não tinha mais do
que lançamentos longos para explorar as velocidades de Oar e Leckie, mas
ambos não tinham qualidade para fazer mais do que isolar bolas.
Os
sul-americanos, porém, se sentiram tão à vontade com o domínio que se
acomodaram. Sánchez começou a dar dribles bonitos, porém ineficientes,
Valdivia girava e só tocava de lado, Vidal se mexia sem mostrar a
técnica que exibe na Juventus e Varga corria à toa. O maior erro, porém,
ocorreu quando o goleiro Bravo vacilou em lançamento com o pé.
O
passe do goleiro, aos 34 minutos do segundo tempo, só foi dominado por
um australiano depois do meio-campo, mas o time verde e amarelo avançou
com ela na raça, brigando até que Franjic, na ponta direita, cruzou com
perfeição para Cahill cabecear no contrapé de Bravo, diminuindo o
placar.
O Chile se assustou ao perceber que o adversário poderia
causa problemas e, aos 36, Bravo precisou salvar o Chile rebatendo
finalização de Leckie dentro da área. Os comandados de Jorge Sampaoli,
então, preferiram manter a posse de bola para evitar sustos e tentar
reencontrar o futebol no intervalo.
Mas não foi o que aconteceu. O
time sul-americano voltou pior e não conseguiu mais dominar nem a posse
de bola, mesmo com a torcida incentivando a equipe para motivá-la. Quem
se animou, realmente, foi a Austrália, que tendeu que não deveria se
menosprezar tanto e passou a marcar no seu campo de ataque.
Beneficiando-se
da tensão chilena, os australianos passaram a explorar a estatura de
seus jogadores e Cahill era referência e dava trabalho. Aos cinco
minutos, foi agarrado por Jara na grande área e o árbitro não deu
pênalti. Dois minutos depois, balançou as redes, mas estava impedido.
Atuando
em cima do adversário, a Austrália ainda viu Bravo realizar duas
grandes defesas seguidas em chutes de Bresciano, aos dez minutos. Na
busca pelos três pontos, Sampaoli trocou os cansados Vidal e Valdivia
para preencher seu meio-campo e, assim, garantiu a vitória afastando os
australianos da área de Bravo.
Cuiabá (MT) - GAZETA ESPORTIVA.
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