Quem riu por último em São Lourenço da Mata foram os jogadores da surpreendente Costa Rica - AFP.
Depois
de avançar em primeiro lugar em uma chave que tinha Uruguai, Itália e
Inglaterra, a Costa Rica deu sequência à sua boa campanha na Copa do
Mundo. Na Arena Pernambuco, a equipe centro-americana derrubou a Grécia nos pênaltis, depois de levar o empate por 1 a 1 aos 45 minutos do segundo tempo.
Conquistado
com ótima atuação do goleiro Navas, o resultado em São Lourenço da Mata
credenciou a equipe dirigida por Jorge Luís Pinto a brigar com a
Holanda por uma vaga
entre os quatro melhores do Mundial do Brasil. O confronto está marcado
para o próximo sábado, às 17h (de Brasília), em Salvador.
Após
um fraco primeiro tempo, no qual só houve uma chance desperdiçada pela
Grécia, os costa-riquenhos saíram na frente no início da etapa final,
com Bryan Ruiz. A situação da equipe centro-americana se complicou com a
expulsão do zagueiro Duarte, por falta cometida aos 20 minutos.
Com dificuldade para criar,
a formação europeia avançou na base da força, colocou zagueiros na área
e alcançou o empate já nos acréscimos, com Sokratis Papastathopoulos. A
Costa Rica se segurou na prorrogação com ao menos uma grande defesa de
Navas e forçou a disputa por pênaltis.
Navas
voltou a cumprir seu papel no desempate, pegando a cobrança de Gekas.
Umaña foi o responsável pela última cobrança, que definiu o triunfo por 5
a 3 dos costa-riquenhos e os colocaram pela primeira vez nas quartas de final de uma Copa do Mundo.
Costa Rica é castigada no fim, mas triunfa no desempate
Muito pouco aconteceu nos 45 minutos iniciais na Arena Pernambuco. A Costa Rica teve mais posse de bola do que o adversário, mas uma posse de bola estéril, que nada criou além de uma finalização de Bolaños, aos sete, sem grande perigo para o goleiro Karnezis.
A Grécia também
encontrava dificuldade para superar a marcação, motivo pelo qual
Karagounis resolveu arriscar de longe, testando a atenção de Navas.
Atenção mesmo ele mostrou aos 37, quando Cholevas cruzou da esquerda e
Salpingidis apareceu no segundo pau para concluir de pé direito. O
goleiro fez ótima defesa com o pé.
Foi a única chance na etapa
inicial, mas o jogo melhorou após o intervalo. Os gregos sentiram que
podiam atacar mais, chegando em cabeceio de Samaras logo na volta da
partida. Já os costa-riquenhos, que não haviam acertado nenhuma bola no
gol, acertaram.
Foi aos seis minutos, quando Bolaños recebeu na
esquerda de Campbell, que entrou na área puxando a marcação. A bola foi
passada pouco à frente da meia-lua, onde Ruiz bateu de primeira de pé
esquerdo. O chute fraco entrou no canto esquerdo de um Karnezis sem
reação.
A vantagem poderia ter sido ampliada logo em seguida,
quando Torosidis tocou com a mão na bola para impedir conclusão de
Campbell. O juiz australiano Benjamin Williams não viu ou julgou que o
toque foi involuntário, fruto de uma tentativa desastrada de cabeceio.
O
português Fernando Santos teve de colocar a Grécia na frente, trocando o
volante Samaris pelo atacante Mitroglou. Jorge Luís Pinto mexeu no
meio-campo da Costa Rica, com Cubero no lugar de Tejeda. Pouco depois,
aos 20, perdeu o zagueiro Duarte, que matou ataque grego e recebeu o
segundo cartão amarelo.
A formação europeia partiu com maior
ímpeto ao ataque, apostando nas entradas de Gekas e Katsouranis –
Maniatis, um dos substituídos, saiu claramente irritado. A equipe
centro-americana se fechou com a entrada de Acosta e com duas linhas de
quatro marcadores. Só Campbell ficava à frente.
As mexidas não
resolveram os problemas de criação da Grécia, que foi para cima na
força. A Costa Rica se safou de uma boa jogada de Christodoulopoulos
pela direita, mas não resistiu a um lançamento de Samaras à área. Gekas
conseguiu proteger e bater da entrada da pequena área. Navas defendeu, e
Sokratis Papastathopoulos aproveitou o rebote de canela.
Após o
empate, conquistado aos 45 minutos, o time de azul esteve perto da
virada em cabeceio de Mitroglou espalmado por Navas. Não entrou, mas os
gregos chegaram mais inteiros e com mais moral à prorrogação. Superiores
no primeiro tempo, quase marcaram com Katsouranis, que acabou bloqueado
na pequena área.
Na etapa final, a primeira chance apareceu em um
contra-ataque após escanteio da Costa Rica. Eram cinco gregos contra
dois costa-riquenhos, mas a jogada não foi armada da melhor maneira. Já
nos acréscimos, após jogada pelo alto, Mitroglou saiu na cara de Navas,
que fez grande defesa e deixou a definição para os pênaltis.
Com o
técnico grego expulso antes das cobranças, quem começou batendo foi a
equipe da América Central. Borges, Ruiz, González e Campbell
converteram. Mitroglou, Christodoulopoulos e Cholevas balançaram a rede,
mas Gekas bateu à meia altura, no canto direito, parando em Navas.
Umaña bateu no canto direito e definiu a histórica classificação.
São Lourenço da Mata (PE) - GAZETA ESPORTIVA.
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