Shaqiri participou das principais jogadas da seleção suíça e teve ajuda considerável de Drmic - AFP.
A Suíça mostrou contra Honduras uma eficiência que ainda não tinha exibido nesta Copa do Mundo.
É verdade que ajudou a fragilidade do adversário, mas a equipe dirigida
por Ottmar Hitzfeld se impôs na maior parte do jogo e avançou às
oitavas de final com um triunfo por 3 a 0 em Manaus.
Todos
os gols da partida foram marcados por Shaqiri, o melhor em campo, que
contou com grande contribuição de Drmic.
Assim, os suíços conseguiram um
placar que, mesmo em caso de vitória por um gol do Equador sobre a
França – o que não aconteceu –, dar-lhe-ia a vaga na próxima fase.
Segunda
colocada do Grupo E, a seleção suíça enfrentará no mata-mata a
Argentina, que se classificou com 100% de aproveitamento no Grupo F. O
confronto está marcado para as 13h (de Brasília) da próxima terça-feira,
no estádio de Itaquera, em São Paulo.
Eficiência dá vantagem à Suíça
A
Suíça não precisou da posse de bola para ser claramente superior a
Honduras na primeira etapa. O esférico esteve com a equipe
centroamericana em 62% do tempo, de acordo com estatística da Fifa, mas
não conseguiu criar nenhuma jogada de real perigo até o intervalo.
Já
a formação europeia, com Shaqiri atuando na faixa central, bem perto do
centroavante Drmic, era muito mais eficiente em suas chegadas. Logo aos
dois minutos, Drmic aproveitou vacilo de Wilson Palacios, avançou pela
esquerda e cruzou rasteiro. Shaqiri concluiu na pequena área e teve o
ângulo fechado por Valladares.
Três minutos depois, no entanto,
Shaqiri venceu o duelo. O jogador do Bayern de Munique carregou da
esquerda para o meio e bateu forte, perto do bico da área. A bola tocou
no travessão e entrou no ângulo direito do goleiro, que não se arriscou a
pular para evitar o gol.
Atrás, os hondurenhos buscaram o ataque,
trocando passes sem penetração na defesa. Os suíços se mantiveram
discretos até os 30, quando Inler saiu bem e puxou o contragolpe
lançando Drmic na esquerda, com a zaga adversária muito mal postada.
Shaqiri recebeu na área e bateu na saída de Valladares para ampliar.
Após uma parada para hidratação aos 38, a Suíça ainda chegou bem em mais duas oportunidades,
em passes de Shaqiri. Em um deles, Mehmedi bateu cruzado e parou no
goleiro. No outro, foi Drmic quem obrigou o goleiro de Honduras a
trabalhar de novo.
Honduras cresce, mas leva golpe fatal
Luis Fernando Suárez, que já havia colocado Jerry Palacios no lugar de Costly por motivo de contusão no final do primeiro tempo, apostou em Chavez no intervalo. E a equipe hondurenha passou a ser muito mais perigosa do que havia sido nos 45 minutos iniciais.
Bengtson
teve a primeira chance logo de cara, mergulhando na entrada da pequena
área após lançamento e não alcançando a bola por pouco. Em seguida, o
mesmo Bengtson chegou a driblar o goleiro após passe de Garcia, mas foi
frustrado na batida por Rodríguez, que apareceu na cobertura, em cima da
linha.
A Suíça ainda tinha o lance com Shaqiri na frente, porém
não tinha mais segurança atrás. Aos 15 minutos, Jerry Palacios reclamou
muito depois de receber lançamento longo, sair na cara do gol e cair
após toque de Djourou em suas costas. O árbitro Nestor Pitana não viu
pênalti.
Os hondurenhos seguiram no ataque, mas viram suas chances
de reação acabarem aos 25 minutos. Drmic recebeu um lançamento longo e
foi mais uma vez inteligente, rolando para Shaqiri, que entrava pelo
meio da área. O chute não foi dos melhores, mas Valladares escolheu
canto e viu a bola entrar.
Mesmo definido, o jogo seguiu aberto,
com as duas equipes buscando novas oportunidades para balançar a rede.
Bengtson errou cabeceio na pequena área de um lado, Mehmedi parou em
Valladares do outro, e o placar não foi mais mexido no último jogo da
Copa na Arena da Amazônia.
Manaus (AM) - GAZETA ESPORTIVA.
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