Sensação da Copa
do Mundo, a Costa Rica encerrou a primeira fase como líder do Grupo da
Morte, após empatar, nesta terça-feira, com a Inglaterra em 0 a 0.
Campeã em 1966, a seleção inglesa se despediu do Mundial de 2014 sem
nenhuma vitória. Confiantes, os costarriquenhos terão pela frente a
Grécia, que figurou no segundo posto do Grupo C.
Antes do jogo
no Gigante da Pampulha, a torcida inglesa tentava se mostrar animada,
mesmo com a seleção já entrando em campo sem chances de classificação,
mas a empolgação dos costarriquenhos era insuperável. Os ingleses ao
menos fizeram a festa nos bares da capital mineira, e ao final se
renderam ao carisma dos adversários.
Ao passo que La Sele
começa a estudar a equipe helênica, para o compromisso deste domingo,
às 17 horas (de Brasília), na Arena Pernambuco, a Inglaterra começa a
pensar na renovação da seleção para a Copa do Mundo de 2018.
O jogo – Jogando com o apoio da torcida,
a Costa Rica iniciou a partida com maior volume de jogo, e logo no
comecinho o atacante Campbell teve boa oportunidade, errando o alvo, mas
assustando o goleiro Foster. Com bom toque de bola, a seleção da
América Central mostrou que não venceu os dois primeiros jogos por
acaso, partindo para cima dos ingleses.
Após os dez
primeiros minutos, a Inglaterra melhorou um pouco na partida, adiantando
as linhas de marcação e procurando levar perigo ao gol
do bom goleiro Navas. Aos 12, o avante Sturridge tentou arremate da
entrada da área, com a bola saindo pela linha de fundo, mas levantando
os torcedores europeus.
O lance parece ter acordado os
ingleses, que equilibraram as ações, em um jogo movimentado. Talvez o
maior pecado das duas equipes tenha sido o excesso de passes errados,
que em várias ocasiões impediram as jogadas de terminar com finalizações
em gol.
Aos 22, a Costa Rica chegou com perigo em cobrança de falta
colocada de Borges, que obrigou Foster a fazer boa defesa, mandando para
escanteio.
Apesar
da melhora no jogo, faltou criatividade para o meio-campo da
Inglaterra, que não contou com Rooney, poupado da partida. Lampard e
Lallana tentaram organizar a equipe, mas com dificuldades para
ultrapassar a marcação da Costa Rica, que teve Bryan Ruiz como jogador
mais criativo.
Nos minutos finais do primeiro tempo, a partida
perdeu um pouco em intensidade, e o time do técnico Roy Hodgson passou a
criar as principais jogadas ofensivas, fruto da inversão de
posicionamento de alguns atletas do meio-campo para frente. Os ingleses
ao menos mostraram que estavam dispostos a voltar para a casa deixando
uma boa impressão.
Na volta para a etapa final, a Inglaterra se
mostrou muito mais agressiva, perseguindo o ataque com mais vontade e
melhorando o passe, ponto falho dos 45 minutos iniciais. Acuado no campo
de defesa, os costarriquenhos demoraram a se encontrar no jogo,
permitindo aos ingleses ter as rédeas do confronto.
Aos 13,
Lallana foi lançado na ponta esquerda, ganhou na velocidade dos
adversários e finalizou cruzado para boa defesa de Navas. Preocupado com
a queda de rendimento do time, o técnico colombiano Jorge Luís Pinto
que comanda a Costa Rica tentou orientar os atletas, pedindo que eles
saíssem do campo defensivo.
Os pedidos do treinador foram
atendidos, e aos 17, Bolaños arriscou da entrada da área para defesa de
Foster. A resposta inglesa veio na sequência com uma ótima triangulação,
que terminou com chute de Milner passando muito perto da trave direita
de Navas.
Uma das referências da seleção da Inglaterra, o
experiente Gerrard começou o jogo no banco, mas aos 27 minutos foi
acionado por Hodgson e levantou os torcedores ingleses nas cadeiras do
Mineirão. Na sequência, a empolgação cresceu com Rooney também
aparecendo no jogo e quase marcando com um toque por cobertura.
Os
ingleses tentaram até o fim, mas o gol não saiu e, nos minutos finais,
ainda foram obrigados a escutar os gritos de olé dos torcedores
costarriquenhos. No apito final, o semblante dos jogadores mostrou
tristeza com uma eliminação precoce de um lado e alegria com o primeiro
lugar de outro. Costa Rica em primeiro e Uruguai em segundo, avançam no
grupo da morte, mandando para casa as campeões mundiais, Inglaterra e
Itália.
Do correspondente Wanderson Lima Belo Horizonte (MG) - GAZETA ESPORTIVA.
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