Gol de Armero no primeiro tempo iniciou festa colombiana no Mineirão; Time venceu a Grécia por 3 a 0. AFP.
Belo Horizonte virou um pedacinho da Colômbia neste sábado. Uma invasão de torcedores
do país sul-americano aconteceu no Mineirão para ver a seleção Cafetera
em duelo bastante movimentado contra a Grécia. Em campo, os colombianos
logo abriram o placar, mas a tranquilidade esperada com o gol não
aconteceu. A Grécia buscou o empate, mas não conseguiu furar o bloqueio
da Colômbia, que voltou a marcar na etapa final, 3 a 0, na estreia da
Copa do Mundo.
O primeiro gol do jogo
foi anotado logo aos cinco minutos pelo ex-palmeirense Pablo Armero,
que aproveitou ótima jogada de Cuadrado e fuzilou o goleiro Karnezis. Na
comemoração, o lateral esquerdo recusou os primeiros abraços para
servir de maestro e comandar uma dança com os colegas, animando o
público.
Na etapa final, Gutierrez e Rodriguez ainda
ampliaram a contagem. Com a vitória, a Colômbia larga na frente no Grupo
C, somando três pontos, e acompanha de camarote o jogo de logo mais
entre Japão e Costa do Marfim.
Na sequência da Copa do Mundo, a
Colômbia terá compromisso contra a Costa do Marfim, jogo marcado para o
próximo dia 19, no estádio Mané Garrincha, em Brasília. No mesmo dia, a
Grécia vai medir forças contra o Japão, duelo confirmado para a Arena
das Dunas, em Natal.
O jogo – Contando com apoio em massa da torcida,
a Colômbia iniciou a partida pressionando os gregos, que apostaram nas
jogadas de contra-ataque. Como os colombianos encontraram uma linha
defensiva bastante fechada, passaram a tocar a bola para encontrar os
espaços necessários, o que não demorou a acontecer.
Aos
cinco minutos, Armero enlouqueceu a torcida Cafetera. Cuadrado foi à
linha de fundo e cruzou com perfeição, contando ainda com um belo corta
luz antes de Armero fuzilar Karnezis, abrindo os trabalhos no Gigante da
Pampulha. O gol deu dinamismo ao jogo já que forçou os gregos a
abandonarem a postura defensiva para tentar o ataque.
Com isso, os
sul-americanos passaram a explorar bastante a faixa direita ofensiva,
principalmente com Cuadrado, que sempre que tocava na bola levantava a
torcida amarela, que coloriu o Mineirão. Tradicionalmente a Colômbia é
uma escola de habilidade, e foi exatamente isso o que se viu em vários
momentos da partida, com os atletas tentando a jogada individual.
Taticamente,
o técnico argentino José Pékerman conseguiu armar bem o time, com um
posicionamento interessante, que obrigava a seleção da Europa a tentar
arremates de média e longa distância, na maioria com pouco perigo. Dessa
forma, os colombianos controlaram bem o jogo, sabendo o que fazer com a
bola nos pés.
A melhor chance criada pela Grécia só apareceu aos
27, quando Cholevas cobrou falta e Torosidis desviou de cabeça, com a
bola passando muito perto da trave direita de Ospina. A partir deste
momento, o técnico português Fernando Santos passou a cobrar uma postura
mais ofensiva dos gregos. Percebendo o crescimento dos adversários, a
torcida que ficou em silêncio por alguns minutos voltou a jogar junto
com o time.
O
domínio de ações dos sul-americanos se transformou em equilibrio no fim
do primeiro tempo, preocupando os milhares de colombianos no Mineirão e
dando esperanças para minoria grega. Aos 45, Kone, jogador mais
perigoso da Grécia, acertou ótimo chute da entrada da área e fez Ospina
se esticar todo para evitar o empate.
Na volta para a etapa final,
a Grécia seguiu agressiva, mas encontrou uma Colômbia ligada e disposta
a não ceder o empate. As trocas de passe em velocidade que foram vistas
no começo da partida voltaram a acontecer com mais frequência gerando
boas possibilidades de gol.
Aos 12, após escanteio da direita, a
bola sobrou livre para Gutierrez só escorar para as redes, ampliando a
vantagem Cafetera e transformando o Mineirão em um verdadeiro caldeirão
amarelo. Aos 17, a Grécia tentou dar a resposta com cabeçada de Gekas,
que explodiu no travessão de Ospina em um bom momento dos gregos, que
buscam a reação.
Após os 25 minutos, o fôlego da Grécia terminou, e
a Colômbia passou a ter as rédeas do confronto, com direito, inclusive,
a olé da torcida, que promete ser uma das mais animadas desta Copa do
Mundo. Com o placar bem favorável, os sul-americanos diminuíram o ritmo e
administram a vitória, mas nos acréscimos ainda teve tempo de Rodriguez
fechar o placar para a alegria de mais de 57 mil pessoas que foram ao
Gigante da Pampulha.
Do correspondente Wanderson Lima Belo Horizonte (MG) - GAZETA ESPORTIVA.
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