Balotelli foi bastante acionado durante a partida, mas não conseguiu vencer a defesa costarriquenha - Wagner Carmo/Gazeta Press.
Na
tarde desta sexta-feira, o duelo entre Itália e Costa Rica na Arena
Pernambuco decidiu o futuro da chave C da Copa do Mundo. A zebra latina
voltou a passear, desta vez tendo a Azzurra como
vítima, e mandou a Inglaterra de volta para casa. Com gol de Bryan
Ruiz, os costarriquenhos venceram a seleção tetracampeã do mundo por 1 a
0 para garantir vaga nas oitavas de final e assumir a liderança do “grupo da morte”.
O
resultado é amargo para os italianos, mas muito mais desastroso para a
seleção inglesa.
Com duas derrotas para Itália e Uruguai, o English Team está
matematicamente eliminado da Copa do Mundo. É a terceira vez que o
selecionado britânico cai na primeira fase, mas a desclassificação em
apenas dois jogos é inédita. Os costarriquenhos, por outro lado,
celebram por chegar as oitavas de final e igualar a melhor campanha da
seleção em Copas, alcançada em 1990.
Classificada com seis pontos,
a Costa Rica volta a campo nesta terça-feira para encarar a eliminada
Inglaterra, e o compromisso pode render a primeira colocação do grupo D.
Já a Itália faz jogo de vida ou morte com o Uruguai, tendo a vantagem
do empate para estar nas oitavas de final. Assim, a classificação dos
latinos culmina na eliminação de duas seleções campeãs do mundo na mesma
chave.
Bryan Ruiz (centro) marcou o único gol do jogo, garantindo à Costa Rica a classificação às oitavas - Wagner Carmo/Gazeta Press.
O jogo – Nos
primeiros minutos de jogo, o torcedor mais desatento não saberia
distinguir a Costa Rica de uma das seleções favoritas ao título mundial.
Disposta a atacar a Itália, a seleção da América Central começou o
duelo bem articulada, com maior posse de bola e trabalhando com
paciência ao procurar espaços na zaga adversária. A primeira oportunidade
foi fruto da bola parada, logo aos seis minutos. O meio-campista Borges
aproveitou escanteio levantado na área para subir mais que a marcação e
testar com perigo sobre o gol.
Com dificuldades para sair da marcação costarriquenha, a Azzurra tentava
centralizar o jogo em Balotelli, mas o atacante acabou desarmado sempre
que lançado em profundidade. Mas foi de uma ajeitada do camisa 9 que a
Itália conseguiu dar o primeiro chute, aos 26 minutos. Thiago Motta
apareceu bem para finalizar da entrada da área, mas a bola saiu à
esquerda.
Nos minutos seguintes foi o próprio atacante quem teve
oportunidade de abrir o placar. Acionado às costas da zaga, ele ficou de
frente para o goleiro Navas e tentou o toque por cobertura, mas errou a
direção. Na sequência, aproveitou nova desatenção dos defensores
costarriquenhos para bater forte da entrada da área, obrigando o goleiro
adversário a defender em dois tempos. A esta altura a Itália já tinha
as rédeas da partida, cedendo pouca posse de bola ao adversário.
Mas
a Costa Rica ainda assustava em contragolpes, como Bolaños comprovou
aos 35 minutos. O camisa 7 encontrou espaço para o chute longo e teria
marcado belo gol não fosse a ótima defesa de Buffon.
Pouco depois, o
goleiro ficou vendido após cruzamento de Bryan Ruiz e desvio de Duarte, e
mostrou-se aliviado ao ver a bola sair por cima.
No lance seguinte, Joel Campbell invadiu a área em velocidade
e estava passando entre os zagueiros quando acabou derrubado por
Chiellini. O árbitro, porém, prejudicou a Costa Rica ao mandar o lance
seguir. A justiça foi feita minutos depois, quando Díaz cruzou da
esquerda e Bryan Ruiz subiu às costas da zaga para testar no travessão. A
bola não chegou a balançar as redes, mas quicou dentro do gol de Buffon
e deu vantagem ao time latino.
Após intervalo quente no
qual jogadores de ambas seleções chegaram a discutir no intervalo, a
Itália voltou disposta a abafar a Costa Rica. Em escanteios consecutivos
cobrados a área, a Azzurra por pouco não aproveitou desatenção
da zaga adversária para igualar o placar. Aos poucos, porém, a partida
voltou a ficar equilibrada e a seleção latina mostrou novamente estar
solta em campo. Lance característico da irreverência costarriquenha foi o
baile de Bolaños em De Rossi ainda nos minutos iniciais da segunda
etapa.
Mesmo com maior posse de bola, a seleção da bota insistia
em esticar a jogada para Balotelli, errando vários lançamentos. O
nervosismo tomou conta da seleção tetracampeã do mundo à medida que o
tempo passava, e nem a bola aérea a salvou da derrota. Já nos
acréscimos, Brenes bateu colocado com muito perigo buscando o ângulo e a
bola passou rente à trave. Mas a oportunidade desperdiçada não fez
falta para os costarriquenhos que gritaram olé na Arena Pernambuco.
São Lourenço da Mata (PE) - GAZETA ESPORTIVA.
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