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quarta-feira, 25 de maio de 2011

Detentos de Palmares clamam socorro diante da tragédia social em Presídio local


Construído para ser um modelo de ressocialização no sistema carcerário estadual,  de uma vez que concentra atividades profissionalizantes que objetivam humanizar os reeducandos que ali estão apenados em cumprimento dos seus delitos cometidos, o Presídio Dr. Rorenildo da Rocha Leão na cidade de Palmares, zona da mata sul do estado possui uma padaria que produz 16 mil pães semanalmente; núcleos de artesanato e esportes e ainda uma horta comunitária, uma cozinha industrial e um setor de montagem de rodas (jante) de bicicletas entre outras inovações voltadas para a profissionalização dos apenados.


Mas mesmo assim, atualmente esse sonho está se transformando num autêntico pesadelo diante do grave problema da superlotação. A situação continua cada vez mais desumana no seu interior o que só faz configurar a grave crise social porque os aprisionados vem atravessando.  O Presídio de Palmares foi construído para abrigar em condições normais cerca de 75 detentos e atualmente conta com uma população carcerária de quase dez vezes mais a sua capacidade, ou seja já tem mais de 700 detentos recolhidos nas suas dependências, sendo considerado, proporcionalmente, por conseguinte, a maior população carcerária do estado e uma das maiores do Brasil.

Diante da gravidade da situação alguns detentos estão apelando para as autoridades governamentais, notadamente a SERES, Secretaria Executiva de Ressocialização, para que procurem uma solução a curto prazo no sentido de minimizar o sofrimento dos detentos alí apenados. Para se ter uma idéia da crise de falta de espaço dentro do Presídio Dr. Rorenildo da Rocha Leão, uma cama de solteiro está sendo dividida por tres detentos, durante uma noitada de sono.

Como a construção de presídios não dá votos, acredita-se que a solução do problema que não é uma exclusividade só de Palmares, como de resto é nacional, está muito longe da nossa realidade.

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